Pesquisa com 500 paulistanos feita pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Felisoni Consultores Associados e divulgada nesta quarta (7) aponta que 46,9% dos consumidores informaram estar propensos a comprar um bem durável nos próximos meses. No último trimestre do ano passado, esse número era 9% menor: 40,4%.
Nesse cenário, o crediário é a dívida que comprometerá a maior fatia do ordenado dos cidadãos de janeiro a março, período abordado pelo estudo. Já na comparação com o início de 2014, o índice permanece semelhante.
A amostra analisou a intenção de compra e de gasto em relação a diversas categorias de produtos e descobriu que o valor médio da expectativa de gasto dos clientes em geral aumentou em relação aos últimos três meses do ano passado.
Este indicador aumentou de R$ 1,9 mil de outubro a dezembro para R$ 2,5 mil de janeiro a março. Novamente, em relação ao primeiro trimestre de 2014, o valor é quase o mesmo.
O campeão na intenção de compra continua sendo o vestuário, com 16,2% do total, seguido pelo turismo (12,4%) e material de construção (8,8%).
Para o presidente do conselho do Provar/FIA, Claudio Felisoni de Angelo, o fato de a melhora na intenção de compra ter sido tão pequena pode ser considerado ?alarmante?.
?Na comparação com 2014, o nível de confiança quase não mudou, o que prova que o consumidor está cauteloso até demais. Os últimos meses foram ruins para o varejo e este pequeno incremento de 9% não reflete nada mais do que às liquidações disseminadas entre as empresas. Não enxergo qualquer retomada nas vendas para os próximos meses?, concluiu durante a apresentação dos números nesta manhã.
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