Em um ano o índice de confiança do consumidor caiu 62 pontos e chegou a 81 pontos em agosto, contra 143 em 2014. Esse é o pior nível da série histórica iniciada em 2005.
Os dados são do Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo e foram divulgados hoje (11). Os resultados acima de 100 pontos significam otimismo e abaixo disso, pessimismo.
De acordo com a instituição há uma piora gradativa na confiança do brasileiro nos últimos meses. ?Essa queda acentuada pode ser explicada pela maior insegurança do consumidor em relação ao emprego. Além disso, o consumidor está perdendo a esperança de que a economia vai melhorar em curto prazo?, diz Roberto Mateus Ordine, presidente da ACSP.
O indicador mostra também que 34% das pessoas acreditam que sua situação financeira vai piorar nos próximos meses, contra 33% que acham que vai melhorar. Essa foi a primeira vez que a porcentagem de pessimistas é maior.
Para Ordine, há um ano, o brasileiro estava otimista, porém cauteloso. Agora, ele está pessimista e sem boas perspectivas. Com a insegurança, o brasileiro está pouco propenso às compras. ?Isso exige que o varejo foque seus esforços para capturar a atenção dos poucos consumidores que ainda se dispõem a comprar, por meio, principalmente, de promoções?, Analisa Ordine.
O levantamento mostra que a região Nordeste continua mais pessimista. O indicador regional marcou 87 pontos, contra 93 no mês anterior. E entre as classes sociais, os mais pessimistas são os consumidores AB, com 72 pontos.
O possível aumento nos tributos contribui para que o consumidor fique mais acuado e isso prejudica sua crença em um futuro melhor, segundo o presidente.
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