?Não posso ser CEO porque ainda não tenho 18 anos. Por enquanto minha mãe é CEO”, afirma o fundador da Braigo Labs, Shubham Banerjee. Com 13 anos, o garoto foi responsável pela criação da empresa que recebeu investimento da Intel. Como ele fez isso? Criando uma impressora Braille open-source feita com Lego.
“Tudo começou quando eu estava voltando da escola, pensando em como os cegos conseguem ler. Cheguei em casa, perguntei isso aos meus pais e eles me mandaram procurar no Google”, conta Banerjee. Ele descobriu sobre Braille, a leitura por tato, e também percebeu como era difícil para deficientes visuais terem acesso a livros. O processo de impressão de um livro em Braille é muito caro – o que impede que muitas pessoas cegas tenham o hábito da leitura.
Banerjee resolveu fazer algo a respeito e uniu a vontade de resolver esse problema com uma de suas paixões: Lego. Através de kits avançados das pecinhas ele foi capaz de desenvolver uma impressora de Braille que, em poucos minutos, traduz documentos para a leitura táctil.
“A impressora não é muito rápida, é certamente menos veloz do que as convencionais. Mas em uma enquete no Facebook perguntei se as pessoas preferiam uma máquina rápida e cara ou uma mais lenta e acessível, como a minha”, contou. O resultado foi a Braigo 1.0, um protótipo que foi divulgado como open source. Ou seja: pode ser reproduzido e modificado sem custo.
O projeto evoluiu após os investimentos da Intel. Com uma equipe por trás, um software capaz de conectar a impressora ao computador e converter um PDF de 160 páginas escrito normalmente em um documento impresso em Braille em apenas 30 segundos ? sem precisar instalar ? foi criado.
“Não posso recuperar a visão de milhões de cegos. Mas posso ajudar em sua alfabetização”, conclui o inventor.
Fonte: Galileu.
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