É cada vez maior o número de pessoas que instalam chips com tecnologia RFID (sensor por aproximação) nos EUA e em países da Ásia e Europa. No entanto, a tecnologia já vem causando muita polêmica, especialmente sobre o uso corporativo do aparelho. Um dos maiores sindicatos do Reino Unido, inclusive, mostrou preocupação com o tema e afirma que o chip poderia limitar a privacidade dos funcionários.
No último fim de semana, o assunto foi tema de uma reportagem do jornal britânico The Guardian. Eles acompanharam os passos da BioTeq, uma startup especializada na produção de chip e que já terio feito introduzido mais de 150 implantes – a maioria deles em pessoas comuns.
Em linhas gerais, o chip da BioTeq possui o tamanho de um grão de arroz e pode custar até £260 por pessoa. Ele é introduzido em qualquer parte de um corpo de uma pessoa (muitas pessoas optam pela mão) e tem a função de armazenar informações pessoais sobre uma pessoa que usadas para desbloquear desde produtos ou limitar o acesso a determinados lugares.
No Reino Unido, o aparelho tem sido usado por funcionários para ter acesso ao interior de uma companhia. No entanto, nem todo mundo aprovou a tecnologia. Um dos maiores sindicatos do Reino Unido, com mais de 190 mil inscritos, está preocupado com o chip e afirma que o aparelho promove uma invasão à privacidade de seus funcionários.
Suécia
Mas a BioTeq não está sozinho nessa empreitada. A mesma reportagem cita a Biohax, outra fabricante dessa tecnologia e cogita exigir o uso do chip em todos os seus funcionários. No momento, a companhia estaria ouvindo a opinião de algumas consultorias de negócios e advogados sobre o tema.
Ainda de acordo com o periódico, a Biohax tem planos de abrir um escritório em Londres. Hoje, segundo a companhia, existe quatro mil pessoas foram microchipadas pela companhia, a maioria delas na Suécia. A empresa estaria trabalhando em parceria com uma companhia estatal de ferrovias da Suécia (a Statens Järnvägar) para a adoção da tecnologia no acesso aos trens. Ou seja, ao invés do seu bilhete único, o chip daria acesso a composição.
Além disso, a reportagem afirma que há grande empresa (o nome não foi revelado) estudando a adoção do chip.