A necessidade de igualdade entre gêneros no mercado de trabalho é um tema que costuma gerar repercussão e engajamento. É fato que a situação das mulheres não é das melhores – e a diferença de tratamento ainda é realidade. O que nem todas as pessoas sabem, porém, é que existem dados capazes de mostrar o quanto vale a pena investir no equilíbrio entre os gêneros.
Prova disso é um estudo desenvolvido pela Sodexo, que teve duração de cinco anos, coletou e analisou dados de mais de 50 mil gestores, de 70 entidades em todo o mundo. A análise identificou que as equipes gerenciadas por uma combinação equilibrada de homens e mulheres são mais bem sucedidas em uma série de medidas. De acordo com o levantamento, as margens operacionais, a satisfação do cliente e a retenção de funcionários, entre outros indicadores, foram maiores entre as equipes com igualdade de gênero – o que significa uma proporção entre 40% a 60% de mulheres para homens.
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A importância desse tipo de levantamento foi destacada por Andreia Dutra, presidente da Sodexo On-site Brasil e membro do Women’s International Forum for Talent (SWIFT) – grupo criado em 2009 para acelerar o equilíbrio de gênero dentro da empresa, por meio do impulso pessoal, compromisso e incentivo dos líderes a nível global. “O estudo aponta que estamos no caminho certo no que diz respeito ao alcance de resultados esperados sobre o tema. Na Sodexo On-site Brasil, por exemplo, já contamos com 70% dos colaboradores e 50% do Comitê de Liderança Regional compostos por mulheres”, afirma.
Rohini Anand, PhD, Vice-Presidente Sênior de Responsabilidade Corporativa e Diretora de Diversidade Global da Sodexo, por sua vez, comenta que os resultados adicionam uma nova e convincente dimensão a um crescente corpo de pesquisa que demonstra os benefícios empresariais da equidade de gênero. “A natureza distintiva do estudo, com o exame de indicadores de desempenho financeiros e não financeiros em tantos níveis de gerenciamento e o pipeline para a liderança, é uma parte significativa da imagem geral sobre a importância do gênero na força de trabalho para resultados aprimorados”, defende.
Aplicação à realidade
Na própria Sodexo, mundialmente, as mulheres representam 50% do Conselho da empresa; 32% dos cargos de liderança sênior são ocupados por – o que significa um aumento de 6% nos níveis mais altos, desde 2013. Além disso, as posições de gerenciamento médio e de operações são equilibradas em 46%. Atualmente, 59% da força de trabalho total atua em entidade com equilíbrio de gênero na gestão. A empresa se comprometeu a atingir a meta de 40% de mulheres em cargos de liderança sênior até 2025 e associou 10% de bônus a essa métrica.
Confira alguns dados obtidos a partir do levantamento, referentes a equipes e entidades balanceadas em termos de gênero:
1. As margens operacionais aumentaram significativamente;
2. Tiveram uma taxa média de retenção de colaboradores que foi oito pontos percentuais maior do que em outras entidades;
3. Tiveram uma taxa média de retenção de clientes que foi nove pontos percentuais maior do que em outras entidades;
4. Tiveram uma taxa de engajamento de funcionários que foi 14 pontos percentuais maior do que em outras entidades;
5. Viram o número de acidentes diminuírem 12 pontos percentuais mais do que outras entidades.