O autor britânico George Eliot foi um dos mais aclamados escritores do país durante o século XIX. A sua obra Middlemarch: um estudo da vida provinciana” é visto como um romance com mais destaques naquela época. Eliot era grande. A grande questão é que ele não era ele. Esse foi o caminho escolhido pela escritora Mary Ann Evans para ser levada a sério na literatura. E ela não foi a única.
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A HP decidiu homenagear essas mulheres que tiveram de passar por homens. Uma forma de reimprimir a história. A empresa recriou algumas capas icônicas de pseudônimos. Mais do que isso, decidiu deixar os novos desenhos disponíveis para quem queira imprimir a versão verdadeiramente original. Aação foi criada pela agência Almap.
Assim como Mary Ann, diversas autoras seguiram o mesmo caminho e publicar as suas obras. Raoul de Navery era, na verdade, Eugénie-Caroline Saffray. O mesmo aconteceu com George Sand. O seu nome verdadeiro era Amandine Dupin. Jane Austen foi outra que sofreu com o machismo: mas utilizava o nome “Uma senhora”.
Obras estão disponíveis
Além das novas capas, a HP disponibilizou no site as obras na íntegra de algumas dessas mulheres. Basta o leitor entrar no site e imprimir os livros que mais o interessar. E se trata até de um incentivo para autoras mulheres. Ainda mais no Brasil.
De acordo com um estudo feito pela Universidade de Brasília (UnB), mais de 70% dos livros publicados por aqui entre 1965 e 2014 foram escritos por homens. E não é porque existem mais leitores homens. Muito pelo contrário. Segundo dados do Instituto Pró-Livro, 57% dos leitores no Brasil são mulheres.
Ou seja, somos um país mais de leitoras do que leitores.