Um terço dos brasileiros acorda no meio da madrugada para checar mensagens, 34% usa celular ao volante, donos de iPhone perdem menos o celular… Estas são algumas das conclusões sobre a nossa relação com nossos celular e outros dispositivos móveis reveladas pela Mobile Consumer Survey, pesquisa feita anualmente pela consultoria Deloitte sobre o comportamento dos usuários de vários países com seus aparelhos móveis.
No Brasil, foram entrevistadas 2.005 pessoas em todas regiões (a pesquisa completa pode ser baixada aqui). Veja algumas das principais conclusões:
Smartphones em alta, laptops em baixa
O smartphone continua se confirmando como o principal equipamento móvel na vida das pessoas, e segue crescendo: na edição de 2015, 77% dos entrevistados informavam possuir um, número que subiu para 80% em 2016. Em 2013, primeiro ano da pesquisa, apenas 29% possuíam um celular inteligente. Na outra mão, os notebooks e mesmo os tablets estão perdendo público.
Checamos o telefone logo quando acordamos
Um terço dos brasileiros checa as telinhas de seu celular ainda da cama, imediatamente quando acordam. Metade faz isso menos de 5 minutos depois. Como a pesquisa não perguntou qual é a primeira vez do dia em que a pessoa checa seu telefone, mas sim em quais intervalos, significa que há quem olhe para ele logo quando acorda e também 5 minutos depois, 15 minutos, 30 minutos…. e assim sucessivamente. A tela do celular é também uma das últimas coisas que as pessoas veem antes de dormir. Quase metade delas checa o telefone móvel em menos de 5 minutos ou imediatamente antes de dormir.
E também quando estamos dormindo
Só 29% dos entrevistados disseram que não olham o celular durante a noite. Ver as horas (43%) é a atividade mais comum, mas jogar games (17%), olhar as redes sociais (30%), ver mensagens (37%) – e até respondê-las (28%) – também estão bastante presentes na rotina noturna.
Trânsito em risco
Em um momento em que a punição para usar o celular ao volante está aumentando, 34% das pessoas afirmam mexer no telefone em algum momento quando dirigem – isso inclui quem usa sempre (6%), frequentemente (6%), algumas vezes (11%) e não com frequência (11%). Outros 64% já caminharam olhando para a tela em algum momento e 43% fazem isso ao atravessar a rua. Nesta semana, mudanças no Código de Trânsito elevaram o uso do celular pelos motoristas de infração média para gravíssima. A boa notícia é que telefone com trânsito é uma das combinações menos comuns. Dividir a atenção com TV, trabalho, refeições ou encontro com amigos está muito mais em alta.
Casamentos abalados
Um terço dos casais briga ao menos uma vez por semana por causa de celular. A pesquisa perguntou com que frequência há discussão com o parceiro por um dos dois usar o celular demais. Se considerarmos também aqueles que disseram fazer isso uma ou duas vezes por mês, estamos falando de 45% do total.
Nós gostamos de iPhone e Galaxy
Estas são as marcas que têm mais “promotores” voluntários no Brasil; quer dizer, seus donos afirmaram ter alta disposição em recomendar o aparelho para outras pessoas. São também, na outra ponta, as que têm menos depreciadores. Para chegar aos resultados, a pesquisa perguntou, de 0 a 10, qual seria a disposição do usuário em recomendar a marca de seu smartphone. Os que deram 9 ou 10 são os “promotores, 7 e 8 são considerados neutros e de 6 para baixo estão os “detratores”.
E os iPhones duram mais
Os donos de algum dos smartphones da Apple fazem mais coisas com seus aparelhos depois de trocá-lo do que os outros. Os iPhones são os que menos ficam encostados, são mais revendidos, mais repassados para parentes e até menos roubados.
Ilustrações: Fernanda Pelinzon