O consumo de serviços de streaming de vídeo tem se tornado cada vez mais presente no cotidiano dos brasileiros. Com muitas opções disponíveis, é importante entender como as pessoas assinam e utilizam as principais plataformas do país. Uma pesquisa divulgada pela Opinion Box revelou dados interessantes sobre as preferências, os comportamentos e quais são os desafios enfrentados pelos usuários.
À medida que o mercado continua a evoluir, é essencial que as plataformas compreendam as necessidades dos assinantes para oferecer experiências personalizadas e cada vez mais atraentes. A competição acirrada e a constante busca por um bom custo-benefício continuam a moldar o ecossistema do streaming no Brasil, tornando-o cada vez mais dinâmico.
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O que as pessoas querem ver
Segundo a pesquisa, a maioria dos assinantes de streaming (91%) busca por filmes, seguidos pelas séries (84%). Os documentários também são populares, sendo assistidos por 44% dos entrevistados. Outros tipos de programas, como os infantis, especiais de comédia, reality shows, shows musicais, programas de entrevista e outros gêneros, também encontram seu espaço na preferência dos usuários.
Streamings mais lembrados
Qual a plataforma preferida?
O que faz o consumidor assinar um streaming
Preço
Quando o assunto é escolher uma plataforma de streaming de vídeo, o fator preço se destaca como o mais importante para a maioria dos usuários. Para 69% esse é o critério mais importante. E os consumidores não estão dispostos a pagar muito pelo serviço.
De acordo com a pesquisa, 85% dos assinantes gastam até R$ 100 por mês com esses serviços. Porém, 7 em cada 10 brasileiros (70%) já decidiram cancelar a assinatura de uma plataforma devido ao aumento do preço. Isso ressalta a importância do custo-benefício na decisão desses consumidores.
Variedade
Em seguida vem a disponibilidade das séries e filmes que se encaixem com as preferências do usuário. Cerca de 67% avalia o portifólio que está disponível antes de assinar uma plataforma de streaming. Em seguida, para 48% dos entrevistados, é fundamental ter um catálogo amplo e sempre atualizado, com as novidades do mundo do entretenimento.
Comportamento dos assinantes
Uma descoberta interessante da pesquisa é que mais da metade (54%) dos usuários assinam mais plataformas de streaming do que realmente utilizam. Isso demonstra que a variedade de opções e a concorrência acirrada seduzem, mesmo que não conquistem os consumidores. As pessoas experimentam vários serviços, mas não conseguem usar todos regularmente.
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A polêmica do compartilhamento de senha
Outro ponto relevante é o compartilhamento de senhas. A possibilidade de dividir o plano de um streaming com outras pessoas que não residem no mesmo endereço é um aspecto valorizado por 6 em cada 10 entrevistados (61%). A pesquisa também indica que a maioria desses consumidores (63%) dos entrevistados não estariam dispostos a pagar um valor mais alto para poder continuar compartilhando suas senhas.
A questão do compartilhamento de senhas ganhou destaque com uma mudança implementada pela Netflix. Antes, era possível compartilhar o login da assinatura entre pessoas que não moravam no mesmo local. Essa política mudou e agora o compartilhamento de senhas com pessoas que não vivem na mesma casa custa mais caro para o assinante.
É necessário pagar um valor de R$12,90 mensais por usuário extra. Essa decisão da gigante do mercado trouxe repercussões negativas, dados de mercado indicam que a Netflix perdeu aproximadamente 3% de seus usuários após a mudança.
Todo dia um novo streaming para conhecer
O mercado de streaming continua a se transformar e se expandir à medida que surgem novas opções que buscam conquistar os telespectadores. Uma recente é a plataforma gratuita de streaming chamada Runtime, que foi lançada no início deste ano no Brasil. Além de oferecer filmes e séries, a Runtime também disponibiliza um canal nacional de notícias 24 horas: a Record News.
De acordo com Arman Oner, CEO da Runtime, os canais lineares – como os de TV aberta e fechada, que possuem uma grade de programação fixa – oferecem aos usuários a experiência de assistir à programação convencional, mas pela internet. “É como assistir à televisão tradicional, mas com a flexibilidade de acessar o conteúdo em diferentes dispositivos, sem custos adicionais”, acrescenta Oner.
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