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Governos a favor da inovação

Governos a favor da inovação

Durante o Money 20/20, em Las Vegas, especialistas debatem o papel das agências reguladoras do sistema financeiro no desenvolvimento de fintechs

Las Vegas (EUA) – Como os reguladores trabalham para educar empreendedores? Qual o papel deles no auxílio da criação de novos negócios? Qual o papel deles na inovação? Quando se trata do mercado financeiro, debater o papel dos governos no incentivo à inovação é mais do que essencial. É que em todo o mundo empreendedores sacudiram esse tradicional mercado com suas fintechs. Entender a dinâmica entre a inovação no mercado de meios de pagamento, até que ponto ela pode chegar, e o papel dos reguladores é um dos debates da edição de 2016 do Money 20/20, maior evento de tecnologia e inovação de meios de pagamento e sistema financeiro do mundo.

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Em um dos primeiros painéis do encontro, que começou no último domingo (23), representantes de agências reguladoras dos Estados Unidos e do Reino Unido dividiram o que seus países fazem para dar suporte às fintechs e estimular a inovação ao mesmo tempo em que protegem os consumidores e o sistema financeiro. “Ambos dão suporte à inovação e às fintechs, analisam quando uma inovação vai contra os interesses dos consumidores, mas de forma diferente”, afirmou Judie Rinearson, sócia da K&L Gates, que mediou o debate.

Pontos em comum
De fato, os países têm muito em comum quando o assunto é o incentivo às fintechs. Um dos pontos de intersecção entre os dois países é a conversa “um para um” com os empreendedores que promovem a inovação nesse mercado. “Essa aproximação é um ponto crítico e fundamental”, afirmou Bob Ferguson, da FCA (Financial Conduct Authority), agência regulatória do Reino Unido. Fergunson é head do Projeto Innovate do órgão, projeto criado exatamente com o intuito de analisar o que existe no mercado e incentivar a inovação do sistema.

O projeto dá suporte para em torno de 600 empresas. “A ideia é que esse projeto promova a competição de forma amigável”, disse. “Estamos interessados em inovações que tragam inicialmente algum benefício para o consumidor, mas que não sacrifiquem a proteção deles”, afirmou. Sim, nem toda a inovação é boa o suficiente para receber a “tutela” da FCA. “Já descartamos negócios que visavam tornar fácil a contratação de crédito no varejo”, exemplificou.

A CFPB (Consumer Financial Protection Bureau), uma espécie de Procon do mercado de serviços financeiros norte-americano, também tem como proposta incentivar negócios inovadores que auxiliem a vida dos consumidores. “Essa é a primeira pergunta que fazemos. A segunda é como esse produto e serviço funciona segundo as regras”, afirmou Dan Quan, senior advisor da direção do órgão. Ele também é head do Projeto Catalyst, que dá suporte a projetos inovadores e às fintechs. A ideia surgiu quando, em uma iniciativa isolada, o órgão buscou entender in loco o que estava acontecendo nesse mercado. “Muita coisa está acontecendo no Vale do Silício e em outros centros de inovação, como Los Angeles e Chicago. E resolvemos sair de Washington para entender essas mudanças e ver o que as empresas estavam oferecendo aos consumidores”, contou.

Em uma dessas visitas, um dos empreendedores disse que era a primeira vez que estava em contato direto com uma agência federal e o quão bom seria se isso acontecesse mais vezes. “Seguimos o conselho”, disse Quan. Dessa forma surgiu o Catalyst. Assim como o Projeto Innovate, no Reino Unido, o projeto do órgão norte-americano tem como objetivo encontrar negócios que ajudam o sistema financeiro a encontrar o caminho da inovação e tem como principal base a conexão direta com os empreendedores. “Esses encontros não são apenas conversas. É um momento em que compartilhamos as prioridades, falamos sobre a nossa autoridade e o que podemos fazer”, afirmou Quan.

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A agência tem um programa por meio do qual opera negócios e tecnologias antes mesmo de colocá-las no mercado. Até agora, são seis pilotos rodando, que testam ferramentas também para grandes empresas, como American Express. A busca é por soluções e ferramentas que ajudem os consumidores, não importa a origem dessas soluções – se de startups a grandes empresas. Além disso, não há recursos envolvidos. Os investimentos nas empresas dos programas nos dois países, quando acontecem, vêm de instituições financeiras e fundos de venture capital e private equity.

Interesses que vêm antes da inovação
As autoridades reguladoras dos Estados Unidos e do Reino Unido concordam que a inovação é importante quando se fala em um mercado tão tradicional quanto o financeiro. Contudo, é preciso cautela, uma vez que há interesses mais importantes nesse processo. “Nossa base aqui não é inovação, mas competição, onde a inovação é parte. Estamos interessados em desenvolver o mercado do Reino Unido e dar acesso a ele”, afirmou Ferguson.
“Nosso objetivo com relação às fintechs é proteger o consumidor, ampliar o acesso a produtos e serviços financeiros, reduzir os custos de produtos e serviços”, afirmou Quan. “Para nós, o que interesse é entender se o produto e serviço é seguro, se ele aumenta o controle financeiro das famílias”, afirmou.

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