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Nos próximos dias, Nubank deve prestar esclarecimentos sobre “golpe do acesso remoto”

Nos próximos dias, Nubank deve prestar esclarecimentos sobre “golpe do acesso remoto”

Prazo dado por Idec para banco explicar "possível falha no sistema de segurança" que causou prejuízos a usuários termina em breve

O Nubank foi notificado pelo Idec no início deste mês por relatos de falhas no sistema de segurança do aplicativo do banco. Consumidores usaram as redes sociais para denunciar que tiveram a conta invadida por “golpistas”. Uma espécie de programa hacker acessou a conta de alguns usuários e fez transferências de grandes quantias. Até empréstimos foram solicitados de forma fraudulenta em nome dos clientes Nubank.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, foram vários os relatos não só nas redes sociais, mas também em plataformas de reclamação e no próprio site consumidor.gov.br. As pessoas afirmam que, em segundos, viram o dinheiro que estava na conta indo embora. Em um dos depoimentos, citado pelo Idec, uma vítima descreve: “Em quatro minutos os criminosos conseguiram fazer quatro transferências que totalizaram R$150 mil. Sim, em apenas quatro minutos zeraram a conta do meu pai”.

Uma das principais reclamações dos consumidores é que o Nubank não teria um sistema de bloqueio de transações que fogem aos padrões de cada cliente. A vítima, que viu o pai perder R$150 mil em menos de cinco minutos, afirma que ele nunca tinha feito retiradas superiores a R$ 250 reais via PIX dessa mesma conta. “O sistema antifraude do Nubank não foi capaz de identificar que havia algo de errado com essas operações”, reclama a cliente do banco.

Através de um comunicado enviado aos clientes por email no início deste mês, o Nubank alertou os consumidores para o que chamou de “golpe do acesso remoto”. Segundo o banco, os fraudadores conseguem realizar transferências bancárias após o consumidor fazer o download de aplicativos piratas que permitem o acesso remoto de terceiros ao celular da vítima. No alerta, o Nubank informou ainda que não se trata de uma falha de segurança do app, mas recomendou que os clientes baixem a versão recém atualizada do aplicativo.

O Idec deu 15 dias corridos para o Nubank enviar informações mais detalhadas do golpe e das medidas de segurança adotadas para proteger os clientes. O Instituto quer saber por que não foram adotadas medidas preventivas e de que forma o banco está lidando com as pessoas vítimas. O prazo para manifestação do banco começou a contar da data da notificação (06 de abril) e termina no final desta semana.

“O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) obriga o fornecedor a responder pela reparação dos danos causados às pessoas pelos defeitos decorrentes da prestação de seus serviços. Desta maneira, é responsabilidade do banco garantir a qualidade e segurança do serviço oferecido, arcando com eventuais prejuízos”, afirma o advogado do Programa de Serviços Financeiros do Idec, Fábio Machado Pasin.

Para o Idec, o Código de Defesa do Consumidor e decisões de tribunais superiores mostram que é fundamental que os bancos garantam a segurança para os clientes, coibindo golpes e fraudes. Quando não for possível, a orientação é que eles assumam a responsabilidade e reparem os danos causados.

Nubank reforça que segurança dos clientes é tratada como prioridade

Em nota à imprensa, o Nubank informou que:

“No Nubank, a segurança é uma prioridade desde o primeiro dia e cooperamos com as autoridades responsáveis visando sempre o cuidado com o consumidor. Reafirmamos o nosso compromisso com a proteção dos nossos mais de 70 milhões de clientes, mantendo uma vigilância constante sobre a utilização dos nossos serviços, incluindo o desenvolvimento de ferramentas de proteção para ajudar os usuários na prevenção e inibição de golpes.

Com relação a esses crimes, o Nubank mantém equipes especializadas e canais abertos 24 horas para o atendimento às vítimas. Em caso de suspeita de movimentação indevida por terceiros, os clientes devem seguir o passo a passo disponível no SOS Nu, hub de segurança da companhia.”

Na plataforma Consumidor.gov, o Nubank tem 4109 reclamações finalizadas em 2023 e o índice de solução dos problemas dos clientes é de 77,2% no ano. Além disso, 100% das reclamações registradas foram respondidas pelo banco, com um prazo médio de cinco dias para as respostas. De 1 a 5, a satisfação dos clientes com o atendimento do Nubank está com nota 2,6.

Cibersegurança e os desafios dos bancos

Junto com o avanço tecnológico e a digitalização das empresas vem o aumento da preocupação com golpes e fraudes. É como se a cada solução de segurança desenvolvida, os criminosos também criassem novas formas de burlar essas barreiras. Sim, os golpistas estão incorporando as novas tecnologias. A verdade é que, segundo a Febraban, a guerra contra o cibercrime não tem fim.

As instituições vivem correndo atrás de equilibrar a qualidade da experiência oferecida ao cliente com a tentativa de neutralizar os pontos de risco que são criados com a transformação digital. De acordo com a pesquisa The State of Ransomware 2022, publicada pela empresa de cibersegurança Sophos, 55% das empresas brasileiras foram alvo de ataques ao longo de 2021, bem acima dos 38% registrados no ano anterior.

Quando observado o cenário mundial, o percentual foi ainda maior: 66% do total de instituições ouvidas em 31 países foram alvo de ransomware – o malware que “sequestra” os dados do usuário e cobra um valor para resgate do acesso ao sistema – em 2021, contra 37% em 2020.

Outro estudo, divulgado pela empresa de soluções de cibersegurança Fortinet, aponta que o Brasil é o segundo país mais atingido por ciberataques na América Latina. Foram mais de 100 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2022, aumento de 16% em relação a 2021.

Diante desse cenário, a melhor forma de se proteger de uma tentativa de golpe é a informação. Por isso, a Febraban e os bancos têm investido constantemente e de maneira massiva em campanhas de conscientização. Se por um lado, o Brasil lidera rankings de ataques, por outro, o país é conhecido mundialmente por seu papel de vanguarda em tecnologia bancária e por ser precursor em várias soluções que facilitaram o acesso de milhões de brasileiros ao sistema financeiro, fruto de um investimento anual de R$ 30 bilhões em tecnologia, sendo 10% deste total voltados para a cibersegurança.

Além da informação, a Febraban alerta para a necessidade de investir na segurança como estratégia de negócio das organizações. Para ampliar as camadas de segurança sem comprometer a experiência do consumidor, que busca por interações mais fluidas e sem esforço, várias empresas passaram a adotar soluções como biometria de voz, impressões digitais, varreduras de íris e outras formas de autenticação, que começam a substituir as senhas como meio seguro de verificação de identidade dos clientes para acesso online ou por dispositivos móveis.

A inteligência artificial também entra na equação da resiliência digital estendendo a habilidade humana de verificar milhões de transações, por meio de automação de processos e análises de transações em tempo real. O desafio é colocar o máximo possível de barreiras à fraude sem afetar a experiência do cliente.

Toda essa discussão será tema no painel “As inovações tecnológicas e a ciber-resiliência a serviço da sociedade”, que será realizado no dia 28 de junho, no FEBRABAN TECH 2023, evento de tecnologia e inovação do setor financeiro.


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