Os escritórios estão evoluindo quase no mesmo passo que seus funcionários, em uma transformação acelerada pelas mudanças impostas pela pandemia da Covid-19, que tornou os locais de trabalho mais flexíveis e móveis, mas também pelo impacto da entrada de uma nova geração no mercado de trabalho.
À medida que as empresas contratam pessoas da Geração Z, as conexões, aprendizados e relações se transformam com elas. Segundo um estudo da Wunderman Thompson, esses jovens, que tem entre 18 e 25 anos, estão procurando novas saída, adotando a criatividade e a comunicação como ferramentas essenciais para um melhor ambiente de trabalho.
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Definida por seu consumismo consciente e atividades sociais apaixonadas, a Geração Z está influenciando a força de trabalho com mais do que suas mentes jovens e frescas, aponta a Wunderman Thompson. Para 85% dos Gen Z as marcas devem ter um valor que vá além do lucro, e 78% acreditam que as marcas têm responsabilidade de construir uma sociedade melhor, segundo a pesquisa.
A convicção da Geração Z sobre bem-estar, sustentabilidade e inclusão começa a se refletir nas empresas em que trabalham, assim como nas marcas das quais compram: 74% se recusam a trabalhar para uma empresa que vai contra seus valores e 76% querem se orgulhar as marcas que compram.
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Senso de colaboração e pertencimento chega ao escritório
Essa geração de consumidores tem influenciado as empresas a repensarem seus C-suites, não apenas seus produtos. Os princípios básicos de sustentabilidade, inclusão, diversidade e bem-estar da Geração Z se acumularam em novas posições criativas destinadas a impulsionar esses ideais de cima para baixo. À medida que mais membros da Geração Z entram no mercado de trabalho, seus ideais estão remodelando as salas de diretoria.
Um dos exemplos é a Pineapple, uma nova plataforma de rede profissional projetada para a Geração Z. Lançada oficialmente em novembro, o aplicativo permite que os usuários apresentem suas experiências, projetos, criatividade e pontos fortes em um perfil visual. O aplicativo foi criado por David Diamond com o intuito de promover conexões significativas entre os usuários, unindo a posição profissional do LinkedIn à plataforma criativa do Instagram. O Pineapple tem comunidades dentro do aplicativo, onde os usuários podem ter “Jams”, encontros para discutir tópicos de interesse e estabelecer um networking mais profundo.
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Esta não é a primeira plataforma social que a Geração Z recorre para aconselhamento profissional e conexão, afirma a Wunderman Thompson. Até mesmo o TikTok, através de hashtags como #HRTikTok e #careeradvice, promovem conselhos sobre redação de currículos, habilidades para entrevistas e orientação profissional de recrutadores e profissionais.
Aprendizado menos hierárquico
A mentoria reversa também é uma tendência que a Geração Z tem trazido para a mesa. Ao contrário do modelo de orientação tradicional, hierárquico, algumas empresas estão recorrendo a seus contratados mais jovens para receber orientação sobre novos ambientes de trabalho híbridos, práticas de diversidade e inclusão e divisões geracionais maiores nas equipes.
Frequentemente realizadas em grupos, algumas sessões de orientação podem se concentrar em questões sociais, preocupações LGBTQ+, inclusão de deficiência ou abordar desafios organizacionais mais amplos. A orientação reversa pode ajudar a reforçar a solidariedade da equipe, o suporte ao bem-estar e a retenção de funcionários, ao promover um encontro intergeracional e derrubar barreiras de pré conceitos que podem ajudar a transformar processos.
De acordo com Jennifer Jordan, professora de liderança e cultura organizacional no Institute for Management Development, na Suíça, “os indivíduos envolvidos nesses programas têm cerca de 30% mais chances de permanecer na organização do que colegas não pareados”, indica a Wunderman Thompson. Com isso, a Geração Z vem redefinindo sua “rede profissional” on e offline, com aplicativos mais interativos e conversas francas e impondo mudanças reais nas relações de trabalho.
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