Desenvolvimento sustentável não é um tema novo na sociedade. Na verdade, esse termo foi trazido ao discurso público há mais de 30 anos, devido ao trabalho da médica Gro Harlem Brundtland, mestre em saúde pública e ex-Primeira Ministra da Noruega. Em 1983, ela foi convidada para presidir a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a convite do então secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Cinco anos depois, em abril de 1987, sob sua liderança, a chamada Comissão Brundtland publicou o relatório “Nosso Futuro Comum”, que trazia à tona o conceito de desenvolvimento sustentável. Hoje, 31 anos depois, o mundo pode comemorar o estabelecimento real desse termo que tem, de fato, ocupado espaço nas decisões das empresas e ganhado investimentos cada vez maiores.
De acordo com a ONU Meio Ambiente, a energia solar também atraiu muito mais investimento no ano de 2017 – um total de 160,8 bilhões de dólares, o que representa 18% mais do que no ano anterior. Ainda segundo a instituição, esse modelo de energia renovável recebeu 57% do investimento total do ano, em comparação com todas as outras, excluindo apenas as grandes hidrelétricas.
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Os dados mostram, portanto, que esse é um tema premente, especialmente para o setor elétrico. Por isso, há empresas que, mesmo no Brasil, já apostam em inovação voltada para o desenvolvimento sustentável do setor. Um dos exemplos é o investimento da EDP, multinacional portuguesa do setor elétrico, em tecnologia de blockchain, que colabora com a gestão da distribuição adequada de energia solar, possibilitada pela parceria com uma startup austríaca.
“A EDP quer ser pioneira em inovação, de forma geral”, conta Livia Brando, gestora-executiva de Estratégia e Inovação da EDP. Além disso, dentro de uma série de realizações de inovação aberta, a EDP investiu em mobilidade elétrica, com um projeto que tem o objetivo de fomentar o mercado de veículos elétricos no Brasil. Ao lado do BMW Group Brasil, a EDP criou o maior corredor elétrico da América Latina, ligando as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.
“São seis postos de recarga, localizados nas vias de ida e volta”, explica Livia Brando, gestora-executiva de Estratégia e Inovação da EDP. Os postos são de recarga rápida: em 25 minutos é possível abastecer 80% da bateria do veículo. Uma vez que os pontos são próximos a lojas de conveniência, os motoristas têm a opção de descansar enquanto recarregam o veículo.
Com diversas iniciativas de incentivo a startups, a Companhia ainda aposta em programas globais de aceleração, como o EDP Starter e o EDP Open Innovation, além da EDP Ventures Brasil, primeiro veículo de investimento de capital de risco do mercado elétrico brasileiro. “Temos preferência por tecnologias que são transversais e aplicáveis dentro do setor elétrico”, diz. Nesse sentido, o apoio às startups tem como foco o desenvolvimento de benefícios para empresas e consumidores.