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O futuro do dinheiro é o Pix

O futuro do dinheiro é o Pix

Na pesquisa Carat Insights 2024, ficou comprovado que o Pix é o meio de pagamento que os brasileiros vão adotar pelos próximos 10 anos

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, tem sido amplamente adotado no Brasil. Graças a sua agilidade e praticidade, ele vem revolucionando a forma como realizamos transações financeiras no país. Tanto é que hoje existem 650,7 milhões de chaves Pix cadastradas. Em suma, são 153 milhões de usuários, 92% deles pessoas físicas, segundo informações do BC.

Primordialmente, o Pix é o primeiro meio de pagamento mais utilizado pelo consumidor (92%). Um dos motivos é a sua disponibilidade 24 horas por dia, todos os dias da semana. Isso significa que não importa o horário, é possível realizar uma transação instantânea a qualquer momento. Além disso, o Pix também elimina a necessidade da pessoa se deslocar até um caixa eletrônico ou agência bancária, tornando as transações ainda mais convenientes.

Os dados constam na pesquisa “Carat Insights 2024 – Pix, Carteiras Digitais e Outras Tendências de Pagamentos.

Os jovens e o dinheiro

Na apresentação da pesquisa, Giuliana Cestaro, diretora de Produtos Software Express da Fiserv Brasil, comentou da crescente bancarização dos jovens. Isso se deve, em grande parte, “à facilidade de acesso aos serviços bancários por meio da tecnologia, como o uso de aplicativos e o internet banking”. Tal tendência tem trazido diversos benefícios para essa faixa etária, como maior facilidade de controle financeiro, acesso a crédito e a possibilidade de realizar transações de forma mais prática e segura.

Segundo a pesquisa, a bancarização está começando antes que a pessoa complete 18 anos. Para se ter uma ideia, 73% dos brasileiros com filhos menores de idade – os nativos digitais, enquadrados na geração Alpha e Z – já oferecem a eles acesso às instituições financeiras, seja em formato de conta digital (39%), cartão adicional da conta dos pais (24%) ou cartão pré-pago (10%). 

Para os que permitem acesso dos filhos a algum tipo de cartão, 74% querem dar autonomia e ensiná-los como gerenciar seu dinheiro; 48% almejam garantir a segurança do seu próprio cartão, evitando que ele seja utilizado por terceiros; e 46% desejam acompanhar e monitorar as despesas de seus dependentes.  

No entanto, é importante destacar que a bancarização dos jovens também traz consigo alguns desafios. Um deles é o aumento do endividamento dessa parcela da população. Com o acesso mais fácil ao crédito, muitos jovens podem cair na armadilha das dívidas, principalmente quando não possuem uma educação financeira adequada.

Pagamento x Relações de consumo

Para Jorge Valdivia, General Manager do Brasil na Fiserv, é incrível como o avanço das tecnologias nos meios de pagamento mudou significativamente as relações de consumo: “Raramente andamos com dinheiro e tudo pode ser resolvido com um cartão ou celular em mãos. Ganhamos em qualidade de vida, com mais tempo e segurança para pagar contas ou realizar transferências bancárias, comprar presencialmente ou online e até mesmo na mobilidade urbana ao dispormos de Pix, QR Code, carteira digital, criptomoedas e outras formas de pagamento”.

Jorge Valdivia é General Manager do Brasil na Fiserv

Por isso, Jorge Valdivia comemora que mais da metade dos brasileiros com filhos ou dependentes menores de 18 anos já os introduziu à vida bancária e à educação financeira, instrumentos fundamentais para o exercício da autonomia e da cidadania. “Como em qualquer outro segmento da vida que exija o uso de tecnologia, podemos dizer que eles já vão crescer sabendo”.

No entanto, é importante destacar que a forma como o brasileiro está realizando seus pagamentos também traz consigo alguns desafios. Um deles está relacionado à segurança das transações e ao uso consciente dos meios eletrônicos.

Apesar dos avanços tecnológicos, é comum que muitas pessoas sejam alvos fáceis de golpes e fraudes financeiras. Por consequência, é essencial que os bancos invistam em tecnologias de segurança robustas e também promovam ações educativas para sensibilizar os cidadãos sobre os principais riscos e como se protegerem.

Preocupação com segurança

E na pesquisa, a preocupação com segurança ganha uma evidência especial: em todo o ano de 2023, a prioridade de escolha do meio de pagamento seguiu a seguinte ordem: segurança (67%) em primeiro lugar. Logo após, estão os fatores descontos e promoções, ambos com 66%. Já 64% dos consumidores querem rapidez. A possibilidade de parcelamento recebeu a predileção de 34% dos entrevistados.

O Pix é considerado o mais seguro para 60% dos brasileiros. Por consequência, vem o cartão de débito (40%). Em terceiro lugar, o débito automático (40%). Em quarto lugar o cartão de crédito (34%). E por fim as carteiras digitais (30%) e dinheiro em espécie (28%).

“A realidade mostra que os varejistas precisam estar atentos a esse novo perfil de público, que nasce digital, faz compras com um clique e preza pelo imediatismo. Para este consumidor, inovações tecnológicas como a tokenização podem ser uma grande aliada para melhorar a experiência de compra”, destaca Giuliana Cestaro, diretora de Produtos Software Express da Fiserv Brasil.

O levantamento também aponta que os brasileiros são clientes de 3,4 bancos, em média, em uma proporção equivalente entre instituições digitais (1,6%) e tradicionais (1,8%), e que 18% dos entrevistados se relacionam com cinco ou mais instituições financeiras.

Além disso, os clientes acessam o banco online em 97% dos casos, sendo que o mobile banking é a opção mais escolhida por eles na hora de interagir com a instituição.

Experiência Omnichannel

As compras físicas continuam sendo frequentes. Nesse ínterim, uma vez por semana, o consumo presencial é feito por 46% dos entrevistados. Em contrapartida, 29% optam por comprar pela internet e 22% escolhem comprar em lojas que possuem múltiplos canais. Analogamente, a proporção do comprador em lojas físicas a cada duas semanas é menor (41%) em comparação às compras online (54%) e em lojas integradas (43%). 

Apesar disso, o levantamento mostra que seis em cada dez pessoas compram e/ou vendem pelas redes sociais. O Pix (89%) e o cartão de crédito (46%) são os meios mais utilizados para essas compras. “O movimento das redes sociais para integrar o pagamento dentro de suas plataformas facilita para quem compra e quem vende. Esse conceito vem evoluindo a forma de fazer novos negócios”, comenta Giuliana.

Sobre a interface de pagamento predileta dos consumidores, 31% preferem aproximação. Logo após vem o QRCode, com 30%. O cartão com chip e o código de barras ficaram com 14% da predileção dos entrevistados.

O Futuro do Dinheiro

Nos próximos dez anos, apenas 2% acreditam que o Pix não vai mais existir. Já 5% não acreditam na existência de carteiras digitais, cartão de crédito ou débito. O dinheiro em espécie deve acabar para 17% dos entrevistados, tendo uma sobrevida maior do que a do cheque. Neste último caso, para 56%, este meio deve desaparecer na próxima década.

A pesquisa Carat Insights teve 600 respondentes, sobre o Pix, Carteiras Digitais e Outras Tendências de Pagamentos. Os entrevistados têm mais de 18 anos, acesso à internet e todos têm cartões de crédito e débito. A entrevista foi realizada em setembro do ano passado.

O Pix (93%) e o QR Code (84%) são dois dos meios que os respondentes vão utilizar nos próximos 12 meses. Criptomoedas (45%) e pagamento por WhatsApp (52%) apresentam menor intenção de uso. Contudo, os pagamento por WhatsApp e com criptomoedas ainda têm espaço para educação e conscientização.

Ademais, quando comparado com a pesquisa anterior, o pagamento QR Code e com aproximação cresceram respectivamente de 75% para 84% e de 69% para 73%.

O Pix – o meio de pagamento por excelência – tem uma alta intenção de uso futuro. E, com toda certeza, é provável que a marca adquira relevância com as novas modalidades e serviços (Pix Saque & Troca, Pix Garantido, Offline, Internacional).

Os entrevistados acham que, nos próximos 10 anos, os meios digitais vão crescer e o dinheiro em espécie bem como o TED vão diminuir. Apenas 2% acreditam que o Pix não vai mais existir, enquanto 56% acham que o cheque será descontinuado.



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