Um estudo divulgado hoje pela National Retail Federation indica que na temporada de fim de ano o varejo americano deverá ter prejuízos da ordem de US$ 3,6 bilhões com a devolução fraudulenta de mercadorias, valor semelhante ao do ano passado. Em todo o ano, esse valor deverá chegar a US$ 10,9 bilhões.
Segundo o levantamento, realizado com executivos de prevenção de perdas de 60 empresas de diversos setores do varejo, cerca de 5,5% das devoluções de produtos nesta época do ano são fraudulentas, índice ligeiramente inferior ao do ano passado (5,8%).
De acordo com o Vice Presidente de Prevenção de Perdas da NRF, Bob Moraca, as iniciativas de prevenção do varejo não têm causado uma redução maior do problema por conta da atividade cada vez mais sofisticadas de quadrilhas. “É um problema que tem impacto direto sobre o resultado dos varejistas, e por isso deve ter atenção contínua dos gestores”, afirma.
Segundo a pesquisa Return Fraud Survey, 92,7% dos varejistas pesquisados disseram ter sofrido com a devolução de mercadorias roubadas neste ano, índice pouco abaixo dos 94,8% de 2013. Mais de três quartos dos entrevistados (78,2%) disseram ter identificado a ação de quadrilhas nessas ações de fraude, índice muito superior aos 60,3% do ano passado.
O uso de recibos digitais cresceu de 15,5% para 18,2%, por conta da maior utilização desse sistema no varejo americano. Houve ainda um forte crescimento da devolução de produtos comprados com cartões roubados ou hackeados (81,8%, contra 69% em 2013).
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