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Falta coragem às empresas

Falta coragem às empresas

Em que pese o discurso de engajamento presente nas falas dos gestores das empresas, na prática tudo isso é pouco concreto

Em que pese o discurso de engajamento com ações que tragam benefícios para a sociedade ser uma constante nas falas dos gestores das empresas, na prática isso ainda parece um tanto fluido e pouco concreto. Ainda mais se a causa mantiver relação direta com os direitos do consumidor e seus mecanismos de efetivação. Explico melhor.

Há pouco mais de quatro anos, a plataforma consumidor.gov.br foi disponibilizada para os consumidores de todo o país. A mesma conta hoje com aproximadamente um milhão e quatrocentos mil registros, número pífio perto do seu potencial, já que disponível para qualquer consumidor, bastando que tenha acesso à internet.

Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE em abril de 2018, o número de domicílios com acesso à internet no Brasil chegou a aproximadamente 70%*. A pesquisa aponta ainda que o celular é o principal meio utilizado pelos brasileiros para acessar a internet. Temos, portanto, um cenário bastante favorável, ou seja, a maioria dos brasileiros poderia – se conhecesse a plataforma – reclamar de forma fácil e sem complicações. Seria bom para todos – para o consumidor, para o fornecedor e para a sociedade.

Coragem

Mas não é isso que acontece. De um lado, o poder público pouco ou nada tem feito – com algumas exceções – para divulgar efetivamente esse serviço ao consumidor. De outro, as empresas – mesmo aquelas que participam da plataforma – também não realizaram esforços efetivos para a sua divulgação, apesar dos discursos de engajamento.

Precisamos, portanto, de mais coragem. Algumas ideias podem aqui ser lançadas. As teles, responsáveis por mais de metade dos atendimentos na plataforma, poderiam – porque não – oferecer tráfego gratuito para seus clientes que baixassem o aplicativo do consumidor.gov.br. As companhias aéreas, da mesma forma, poderiam mostrar engajamento efetivo com causas que envolvam cidadania, transmitindo, no início dos voos, informações sobre a plataforma. As empresas de TV por assinatura, por sua vez, poderiam, durante sua programação, incluir vídeos educativos sobre esse mecanismo tão acessível para a solução de conflitos.  As instituições bancárias, com seus apps de última geração, inserem diversas mensagens aos clientes e, por que não, dispor de um serviço ao qual aderiram espontaneamente.

Logo, há inúmeras possibilidades que podem ser construídas para que – efetivamente – o consumidor.gov.br chegue nas mãos do cidadão. E, embora tenhamos que reconhecer que houve alguns avanços em termos de divulgação, precisamos de mais. Menção nos sites das empresas foi uma iniciativa bacana, mas precisamos de maior arrojo. Cabe agora ao marketing das empresas que aderiram à plataforma unir divulgação e cidadania, desde que os heads desçam do púlpito e partam para a ação.

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