Ela funcionará como um novo perfil para o usuário, sem conexão com o tradicional Facebook e acessível somente para pessoas da empresa em que trabalha. As ferramentas se assemelham, mas com algumas alterações. Por exemplo, ao postar, um colaborador pode escolher se quer compartilhar com toda sua empresa, por meio do seu feed de notícias, ou que a nota permaneça apenas em seu perfil (está opção se chama Only Me). Porém, os gestores do Facebook At Work da empresa poderão monitorar todas as publicações de seus colaboradores.
Esse novo passo da companhia confirma o que a consultoria Gartner calculou no final de 2014: o mercado de software dedicado à empresa crescerá 7,3% em 2015. Mas o Facebook não está sozinho. A Microsoft tem o Yamer e o Skype para empresas, e há também o Slack, do mesmo criador do Flickr. Todas trabalham com um modelo híbrido, uma parte gratuita e outra paga. O Facebook ainda não tem claro como será seu modelo de negócio, até o momento informou que será gratuito e que seu lançamento definitivo será ainda este ano e terá uma versão móbile também.
São ferramentas muito novas, mas, denotam que além de um mercado a ser explorado, há uma mudança de comportamento do usuário de redes sociais: plural, mais maduro, ou simplesmente interessado em obter e compartilhar conteúdos específicos como, carreira e negócios, ou apenas fazer networking profissional e até mesmo obter informações sobre ensino e cultura – não à toa que o Yamer tem sua versão gratuita para instituições educacionais.
Cabe aqui um recorte para essa afirmação de uma possível mudança de comportamento: de acordo com um estudo divulgado recentemente pelo instituto Pew Research, o Facebook não registrou nenhum crescimento no último ano e se manteve estável com uma base de 71% dos adultos online dos EUA. Por outro lado, a rede está ganhando popularidade entre os mais velhos. Pela primeira vez, mais da metade dos adultos com mais de 65 anos estão no Facebook (56%). Ou seja, o Facebook envelheceu. A pesquisa também mostra que 52% dos adultos online agora usam dois ou mais sites de redes sociais. E o Instagram foi a rede social com mais rápido crescimento entre os adultos americanos.
Enfim, não existe ponto final. Vale a pena acompanhar esse mercado, a evolução dessas ferramentas e o comportamento de seus usuários. Quem sabe não veremos o surgimento de novos profissionais, o ?Social Media Work?, o ?Plural Social Media? – com conhecimentos específicos para cada uma dessas redes -, ou ainda, uma nova plataforma o ?Facebook Seniors?…. Enfim, o Facebook está querendo te fisgar novamente, só que agora com Dress Code profissional.
*Marcelo Brandão é Editor-assistente de Plataformas de Conteúdo do Grupo Padrão.