O indicador que mede a expansão do comércio chegou a 66,8 pontos em outubro – mesmo resultado verificado em setembro, segundo a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Apesar da estabilidade entre um mês e outro, o patamar segue no seu menor nível desde o início do indicador, em 2011.
O índice mede a intenção de contratar mais e investir mais e varia de zero a 200 pontos – em que a proximidade de zero indica a percepção negativa com relação aos investimentos. Desde fevereiro deste ano, o índice está abaixo dos 100 pontos, ficando abaixo dos 70 pontos nos últimos três meses.
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Na comparação com o mesmo mês do ano passado, contudo, a queda foi forte, de 35,9% – a maior queda anual registrada pelo indicador. Segundo os economistas da FecomercioSP, isso mostra que “o cenário do comércio permanece crítico e que a disposição dos empresários da Região Metropolitana de São Paulo para investir e contratar se mantém baixa”.
Das 600 empresas entrevistadas, 68,7% afirmaram que pretendem reduzir o quadro profissional nos próximos meses. Com relação à expansão dos negócios, o que inclui a aquisição de máquinas e novas instalações, 75,6% disseram que estão investindo menos do que em 2014.
Essa estabilidade indica “que está se formando um processo de consolidação dos atuais níveis de confiança e de desempenho”.
Diante desse cenário, a Federação acredita que não será possível, por enquanto, gerar expectativas otimistas a curto prazo. “Em uma visão geral, sob uma análise política econômica, a FecomercioSP acredita que sem uma melhora na coordenação política, não há como sinalizar uma recuperação”.
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