As investigações realizadas nas contas da rede britânica de supermercados Tesco encontraram evidências de que um grupo de funcionários da empresa vinha maquiando os números da varejista há pelo menos um ano. Esse pessoal teria feito com que os auditores demorassem a encontrar falhas nas contas da companhia, que revelou recentemente que seus lucros do primeiro semestre foram superestimados em cerca de US$ 450 milhões.
Depois de amanhã, a Tesco deverá apresentar uma atualização de seus números, e a expectativa é que os resultados do primeiro semestre do ano fiscal (seis meses encerrados no fim de agosto) fiquem 50% abaixo do registrado no mesmo período de 2013. O novo CEO da Tesco, Dave Lewis, teve que adiar a publicação dos números (inicialmente agendada para 01/10) depois de lançar uma investigação sobre os resultados da varejista.
O que se sabe até o momento é que a empresa vinha lançando as receitas de fornecedores antecipadamente, sendo que esses valores dependiam do cumprimento de metas de venda (que não vinham sendo obtidas). A prática inflava os números por um curto período, o suficiente para livrar a companhia temporariamente do mau humor do mercado financeiro.
Com a descoberta da fraude, o valor de mercado da Tesco já caiu pela metade neste ano e oito executivos foram afastados ou demitidos no decorrer das investigações.
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