Se houve um momento em que o brasileiro definitivamente repensou suas relações com corpo, hábitos alimentares, e a comunhão entre família, foi ao longo dessa jornada pandêmica.
A BRF, multinacional brasileira do ramo alimentício – fruto da fusão entre Sadia e Perdigão, duas das principais empresas de alimentos do País – viu sua margarina Qualy, por exemplo, despontar entre os produtos de maior procura entre seu portfólio ao longo desses meses. “O conceito do do it yourself ficou em evidência. Mais pessoas começaram a fazer sua própria alimentação. A crescente no consumo de margarina foi resultado da alta produção de bolos nas residências”, explica Demétrio Teodorov, Gerente Executivo de Inovação da companhia.
Outra mudança de comportamento foi bastante impulsionada pela geração millennial, que incorpora escolhas por alimentos mais saudáveis e de menor impacto ambiental.
Aprendendo a comer melhor?
Mais atentos às composições dos produtos, a geração Y vem motivando o núcleo familiar a fazer escolhas por alimentos mais saudáveis e sustentáveis. “A cultura vem crescendo em escala geracional. Eles influenciam o comprador para que a tomada de decisão seja baseada em produtos retornáveis, recicláveis, em alguns casos, veganos. Há o apelo de se sentir bem no processo de aquisição do produto justamente por suas características sustentáveis”, observa Stephanie Blum, Gerente de Inovação da empresa.
Em busca de proteínas do bem
A BRF vem investindo no Food Tech como aposta de que novas tecnologias contemplem mais itens de seu amplo catálogo. Como a linha recém-lançada de frangos orgânicos: criados soltos no campo e alimentados com grãos naturais.
“A linha é um exemplo dentro da cadeia sustentável da BRF, sem o uso de agrotóxicos e transgênicos. As pessoas vêm adquirindo consciência sobre os impactos ambientais das atividades humanas e as empresas vêm aprendendo muito com o consumidor. A tendência é irreversível, faz parte de uma Era transformacional”, comemora Scheilla Campos, Gerente de Inovação
Clean label
A especialista também conta que a nova tendência global é a valorização do “menos é mais” no setor do foodservice. A expectativa do cliente antenado em alimentação saudável é encontrar rótulos que entreguem receitas com menos “texto e mais saudabilidade”.
“No comportamento desse nicho de mercado, o consumidor valoriza mais o que não tem na lista de ingredientes da embalagem, do que necessariamente o que tem. Busca por listas mais limpas, saudáveis, e com menos ingredientes. Viés que vem sendo também transformador para a BRF”, conclui.
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