A Black Friday deste ano registrou um faturamento total de R$ 5,419 bilhões, crescimento de 5,8% na comparação com o ano passado, de acordo com levantamento realizado pela Neotrust. Para o varejo o resultado não foi ruim, mas e o que os Procons acharam da data comercial em 2021?
Em São Paulo, o Procon paulista recebeu 703 reclamações nas compras ou contratações na Black Friday até a última segunda-feira (29). A B2W, que inclui Americanas.com, Submarino, Shoptime, Sou Barato e Lojas Americanas, respondeu por 107 casos – 15% das queixas. Já a Via S.A, que detém as marcas Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com, registrou 96 (14%).
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Ainda de acordo com o órgão de defesa do consumidor paulista, as demandas mais recorrentes foram: atraso ou não entrega (174 reclamações, 25% do total); pedido cancelado após a finalização da compra (162 reclamações, 23% do total); mudança de preço ao finalizar a compra (79 ou 11%); maquiagem de desconto – quando o desconto oferecido não é real (77 ou 11%); e produto ou serviço indisponível (75 ou 11%).
Nas redes sociais, o Procon-SP teve 457 consultas e pedidos de orientação sobre o tema.
Na comparação com a Black Friday de 2020, o Procon-SP registrou 726 reclamações e 381 consultas e orientações nas redes sociais relacionadas à data promocional.
“Muitos consumidores consultaram o Procon-SP, o que demonstra que as pessoas estão mais cautelosas antes de fechar suas compras e se precavendo de eventuais golpes”, afirma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP. “Com o consumidor fazendo mais pesquisa, consultando a credibilidade do site, a reputação da empresa, prestando atenção ao preço total oferecido, acrescido à cobrança de frete, de encargos etc., as reclamações se reduzem aos problemas mais corriqueiros, como atraso e cancelamento do pedido. O balanço geral é positivo”, conclui.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, o Procon estadual divulgou um balanço de lojas físicas fiscalizadas nas Zonas Norte e Oeste, Centro do Rio, na Baixada Fluminense e em Niterói.
Até o fim da última sexta-feira foram identificadas 44 infrações em 41 lojas. Do total de irregularidades identificadas, 80% eram relativas à informação de preço (sendo que o principal foi a falta de preço da mercadoria, seguido pela divulgação de valor que induzia o consumidor a erro.
Até ontem, não havia balanço de queixas nas compras pela internet.
Mato Grosso do Sul
De acordo com o balanço da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS), um total de 14 lojas virtuais foram notificadas por irregularidades durante a Black Friday. Além disso, segundo o órgão, outras seis lojas físicas foram notificadas.
A lista de irregularidades inclui propaganda enganosa, falta de informações de juros na venda a prazo e falta de produto com propaganda e publicidade ativa.
“Constatamos este ano que as pessoas preferiram realizar compras online. Houve menos compras em lojas físicas. Foram encontrados diversos problemas nos sites de compras. Orientamos a população a redobrar os cuidados ao realizarem as compras online”, destacou Marcelo Salomão, superintendente.
Ao todo, foram 107 procedimentos realizados pelo Procon-MS na Black Friday: 36 consumidores abriram reclamações em Campo Grande; as equipes fizeram 42 orientações em estabelecimentos comerciais e nove fiscalizações em lojas físicas.
Goiás
Em Goiás, 50 empresas foram autuadas pelo Procon do estado na Black Friday. Os fiscais percorreram 77 lojas. As atuações estavam relacionadas a ausência de informação do histórico de preços de produtos e serviços em promoção durante os último 12 meses.
Em 2020, o número de autuações foi de 21, o que significa um aumento de 138%.
Tocantins
Em Tocantins, o Procon estadual fiscalizou 132 estabelecimentos e autuou duas empresas por publicidade enganosa. Em 2020, foram 4 autuações.