Nem só de tecnologia vive a Apple, a sustentabilidade também anda por lá. A companhia americana anunciou que investirá US$ 850 milhões em energia de um novo parque solar na Califórnia para reduzir sua conta de eletricidade.
A usina First Solar tem capacidade para fornecer energia para 60 mil casas. Segundo o presidente-executivo Tim Cook, ela será usada para fornecer eletricidade para o novo campus da Apple no Vale do Silício, para seus outros escritórios, além de 52 lojas na Califórnia. O executivo esteve numa conferência de tecnologia do Goldman Sachs em São Francisco.
Enquanto Cook falava com investidores, o valor de mercado da empresa alcançava US$ 710,74 bilhões pela primeira vez, sustentado por vendas recordes dos iPhones Plus somado ao lucro obtido no trimestre encerrado em dezembro ? o maior na história da companhia.
Antes da marca de bilhões, a Apple já era dona do posto de maior companhia de capital aberto mundial em valor de mercado. A usina em Monterey County, na Califórnia, também fornecerá energia para um centro de dados da Apple em Newark, que já usa energia solar.
Maçã sustentável
Não é o primeiro flerte da marca com a sustentabilidade. Segundo o site da fabricante de equipamentos eletrônicos Apple, as lojas da marca de todo o mundo aceitam produtos próprios para fazer a reciclagem gratuita. Para aumentar essa demanda, a empresa instituiu programas de reciclagem em cidades e campus universitários em 95% dos países em que seus produtos são comercializados. Isso impediu que, desde 1994, mais de 421 toneladas de equipamentos fossem parar em aterros.
Em 2010, a Apple estabeleceu a meta de reciclar 70% do peso total dos produtos que são vendidos pela marca nos sete anos anteriores. Desde então, o resultado obtido foi de 85%. Em regiões onde não se têm programas de recolhimento de produtos, a empresa organiza a retirada, o transporte e a reciclagem. Nesses eventos específicos são aceitos produtos de outras marcas para também poderem ser reutilizados. Atualmente, mais de 90% dos produtos que são coletados e reciclados pela empresa não são Apple. No Brasil, a marca só aceita produtos próprios.
A marca passou do posto de empresa menos verde do mercado americano, segundo o Greeppeace, ao primeiro lugar no relatório de empresas mais bem qualificadas em usar energia renovável para os serviços de internet. Atualização para novas versões de aplicativos, softwares e sistemas operacionais facilitam a manutenção de um aparelho antigo, pois assim é possível melhorar seu aparelho sem ter que comprar um novo dispositivo. A companhia de eletrônicos também reformulou toda sua maneira de produzir. Hoje a Apple trabalha com aparelhos menores e que poluem menos. O Mac Pro atual usa 74% menos alumínio e aço do que o modelo anterior. O novo iMac, que consome 0,9 watts de energia em repouso, é feito com 68% menos material que o primeiro modelo, que consumia 97% mais energia que o atual. Há também, segundo a companhia, uma quantidade bem menor de materiais tóxicos utilizados nos equipamentos.
*Com informações da Reuters e portal eCycle
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