A expectativa de vida da população mundial só tem crescido nos últimos anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta expectativa no mundo cresceu cinco anos entre 2000 e 2015. No Brasil, de 1940 a 2016, o crescimento foi de 30,3 anos. Os dados demonstram uma preocupação com hábitos saudáveis, algo que as empresas também estão perseguindo.
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Um relatório global feito pelo Consumer Goods Forum em parceria com a Delloite Global mostrou que as empresas querem atender a demanda dos consumidores e funcionários por produtos e atitudes ligadas à saúde e ao bem-estar. Segundo o levantamento, 88% das organizações de bens de consumo participantes apresentaram produtos que foram criados e/ou reformulados para acompanhar dietas e estilos de vida saudáveis.
Atitudes
De acordo com a pesquisa, que ouviu 30 mil pessoas ao redor do mundo, 78% das empresas implementaram programas de saúde e bem-estar para os funcionários em 2017. A proporção de empresas que tinham esta preocupação em 2015 era de apenas 55%. No ano passado, 85% das organizações afirmaram ter formado parcerias com lideranças comunitárias. As companhias também estão mais preocupadas com o público infantil. Mais da metade (58%) parou de vender produtos para crianças abaixo de 12 anos que não cumpriam critérios nutricionais específicos. Os programas de saúde e bem-estar implementado pelas empresas em escolas mundo afora também teve variação positiva. As ações alcançaram 527 mil escolas em 2017, o que representa um crescimento de 37% na comparação com 2016. Para Reynaldo Saad, sócio líder da Deloitte para o atendimento às empresas do setor de Bens de Consumo e Produtos Industriais, saúde e bem-estar não são mais apenas uma tendência. “Trata-se de uma preocupação real e extremamente importante para as empresas de bens de consumo. Com o avanço da medicina, as pessoas têm ficado mais atentas e preocupadas ao que consomem. As empresas precisam se adaptar e fazer produtos que atendam às demandas desse novo consumidor”, explica Saad. Das 83 empresas participantes, 56% se associaram a bancos de alimentos e doaram 180 milhões de refeições. Quase sete em cada dez (68%) reportaram a redução de açúcar nos produtos. Já três quartos (75%) afirmaram ter reduzido a quantidade de sal nos alimentos.