Desde o dia 31 de agosto, Michel Temer deixou de ser Presidente interino e foi empossado como Presidente da República, após o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. A substituição era uma das principais demandas do empresariado do País. Mas, por enquanto, ainda há muito o que fazer.
Na avaliação de 74,2% das empresas, os primeiros 30 dias do novo governo foi um período “neutro”, segundo pesquisa realizada pela Câmara Americana de Comércio/Amcham. O estudo mostra que os empresários estão aguardando medidas duras e esperam que o Governo demonstre capacidade de gestão e governabilidade para reverter o cenário de recessão econômica.
Segundo o levantamento, 20,6% dos pesquisados avaliaram o primeiro mês de Temer de forma “positiva”, e identificaram a condução de boas iniciativas que deverão reverter o cenário econômico negativo. Já outros 5,2% consideraram o período “negativo”.
No entanto, a pesquisa mostra que a maioria (79,1%) dos empresários está “esperançosa” em relação à economia do País na condução do Governo Temer em 2017, e com expectativa de retomada no médio e longo prazo. Outros 11,9% estão “confiantes” e acreditam na retomada ainda no curto prazo, e 9,1% registraram “desconfiança” com incertezas em relação à capacidade de retomada econômica com o novo Presidente.
De acordo a pesquisa, na perspectiva de 54,4% dos empresários, Temer conseguirá liderar a aprovação da “PEC 241 dos Gastos”, mas no curto prazo deve seguir com propostas de aumento de impostos, apesar de ter declarado que evitará a criação de novos tributos. Para 19,8%, a aprovação acontecerá e não eliminará a necessidade de impostos extras. E, 11,5% avaliam que o Presidente não conseguirá a aprovação e o cenário será de aumento.
Por fim, o levantamento mostra que na avaliação dos executivos, além do programa de concessões, existem outras áreas prioritárias para a reativação da economia. São elas: produtiva (53,4%), com ações que garantam a competitividade da indústria; comércio exterior (15,8%), com incentivos e acordos internacionais preferenciais, bilaterais e de convergência regulatória; educacional (15,8%), com formação técnica e de mão de obra em áreas chaves como ciências exatas, engenharia e de pesquisa; e inovação (15%), com investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços.