Os Millennials inventaram novas formas de se comunicar. Na internet, criaram uma nova linguagem que varia de emojis à figuras ou fotos engraçadas. Os memes estão sendo cada vez mais usados e a sua empresa precisa entender como isso funciona.
Luciana Padovani, diretora de planejamento da WMcCANN explicou o perfil dos jovens da Geração Y durante o painel “Decifra-me ou te devoro. Conhecendo a linguagem da Geração Z”, no primeiro dia de palestras do Conarec 2017.
A apresentação teve como base um estudo feito com mais de 33 mil jovens em 20 países diferentes, incluindo 18 mil brasileiros que desmistificou a ideia de que os millennials são desinteressados e superficiais.
“Assim como as outras gerações, os jovens de hoje vivem com os mesmos dilemas de não saber quem é, com quem deve andar e o seu papel no mundo. O que mudou foi a forma deles fazerem isso”, diz Padovani.
Dilema pessoal
Segundo a executiva, tal como acontecia nos anos 70 e 80 os jovens também querem se encontrar no mundo. A diferença é que a vida que ele vive é muito mais complexa do que foi vivida pelos seus pais e avós.
“As gerações anteriores trabalhavam com marcos. Quando terminavam os estudos e se casavam, por exemplo, eram considerados adultos. Agora adulto virou um verbo e os Millennials não querem ‘ser adultos’ o tempo todo porque isso está associado a fazer coisas chatas”, diz. “Essa geração testa várias coisas ao mesmo tempo, por isso se encontrar ficou tão complexo para eles”.
Como as empresas podem agir
Padovani acredita que as empresas têm um papel crucial na ajuda desses jovens a se encontrarem.
“O jovem quer agilidade e modelo de resposta. Não adianta a marca ter um canal se não responder honestamente e rapidamente esse cliente. Eles querem uma comunicação real e imersiva, sem filtros”, completa.
Ainda conforme o levantamento, 87% dos jovens acham que as marcas globais têm o poder de tornar o mundo melhor. Quando há o recorte brasileiro, o número cai para 65%, mas ainda é considerado alto. “Os jovens acreditam mais nas marcas do que nos políticos. Há um potencial enorme de exploração disso, mas é preciso falar na língua deles”, conclui.