2017 será o ano para os pequenos e médios empresários paulistas investirem mais em inovação, independente do cenário econômico. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Desenvolve SP durante os encontros promovidos pelo Movimento pela Inovação em 2016.
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Segundo o estudo, 80% dos empresários tem a intenção de ampliar o investimento em inovação em 2017. Outros 16% disseram que pretendem investir nos próximos três anos e apenas 4% não planejam investir.
A pesquisa com questões de múltipla escolha buscou identificar o perfil do empreendedor, suas percepções sobre inovação e as dificuldades para investir, entre outros temas. A pesquisa foi aplicada entre maio e dezembro de 2016 em 13 cidades: São Paulo, Botucatu, Santos, Sorocaba, Araçatuba, Marilia, Campinas, Piracicaba, Guarulhos, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São José do Rio Preto e São Carlos.
Desafios
A análise procurou entender a visão dos empreendedores sobre as principais dificuldades encontradas para investir em inovação. Cada entrevistado apontou três problemas: obter linhas de crédito ou outras fontes de financiamento ficou em primeiro lugar, com 26%. Em seguida, aparece a carga tributária, com 21% das citações, e a incerteza sobre o futuro do país, com 16%.
“A pesquisa nos mostra que mesmo num período de incerteza econômica os empresários estão dispostos a investir em inovação. A dificuldade sentida pelos empreendedores em encontrar linhas de financiamento aponta que a Agência está no caminho certo. Desde o início do Movimento pela Inovação já financiamos R$ 58,4 milhões para projetos inovadores. Antes dos eventos, esse montante era de R$ 13,1 milhões desembolsados”, destaca Milton Luiz de Melo Santos, presidente da Desenvolve SP.
Panorama
Entre os empreendedores participantes do levantamento, 53% consideram seu negócio inovador e outros 28% muito inovador. Fora isso, 75% consideram inovação qualquer tipo de inovação aplicada no negócio, contra 10% que acreditam que inovação trata-se apenas de um produto revolucionário.
Quanto ao objetivo dos investimentos em inovação, a maior parte, 41%, deseja investir para ganhar novos mercados, enquanto aumentar a competitividade responde por 23%, aumentar o faturamento e a rentabilidade representam 22% e 15%, respectivamente.