O lucro líquido da Gararapes, detentora da marca Riachuelo, caiu 87% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informou a varejista. Ao todo, o lucro ficou em R$ 11,1 milhões, frente aos R$ 84,9 milhões do mesmo período de 2015. Pesou no resultado o desempenho da Riachuelo, que sentiu uma queda de 3,1% nas vendas das mesmas lojas – aquelas abertas há mais de 12 meses.
“O elevado patamar de demarcações durante o mês de janeiro e início de fevereiro, a deterioração do cenário macroeconômico e o baixo desempenho do setor prejudicaram a performance das vendas no primeiro trimestre, porém, a Companhia se manteve empenhada na manutenção da melhora do nível de estoque em patamares inferiores ao de 2013 (em dias de estoque) que continuaram contribuindo de forma positiva para a melhora significativa do ciclo financeiro e geração de caixa do grupo”, afirmou a empresa em relatório.
“O desempenho apresentado é consequência da baixa performance de vendas em mesmas lojas; do comportamento da margem bruta de mercadorias; do eficiente controle de despesas operacionais que vem sendo realizado nos últimos anos que neutralizou parte do impacto causado pelas despesas adicionais provenientes de lojas novas, pelo aumento dos encargos da folha de pagamento, pelo crescimento das tarifas de energia elétrica e, também, da pressão proveniente do aumento da despesa com perdas e provisionamento que diminuiu o desempenho da operação financeira no trimestre”, disse a varejista.
A receita líquida da Riachuelo ficou registrou aumento de 10,6% nos três primeiros meses do ano. A empresa fechou o trimestre com 285 lojas, frente as 260 dos primeiros meses de 2015.
O ticket médio do Cartão Riachuelo cresceu 5,1% – o que mostra que os consumidores estão escolhendo as compras a prazo. O número de cartões da marca também cresceu, 6,6%.
Do total de vendas da varejista, os produtos Guararapes representaram 25,6% no primeiro trimestre. Segundo a empresa, o atual patamar de participação de produtos Guararapes está contemplado no planejamento da companhia uma vez que a operação de varejo cresce em um ritmo maior que a capacidade de produção do grupo.