O número de brasileiros que afirmam não ter recursos de sobra após o pagamento das despesas essenciais passou de 10% para 16% entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, segundo pesquisa divulgada pela Nielsen.
O aumento é resultado da percepção do brasileiro de que as coisas não andam favoráveis. O estudo mostra que 90% acreditam que País vive um período de recessão – no primeiro trimestre eram 85%.
Entre aqueles que conseguem ter renda após cobrir as despesas essenciais, a maior preocupação no segundo trimestre é com a quitação de dívidas (38%). Entre o primeiro e o segundo trimestres, o número de pessoas que aproveitam as sobras para a poupança caiu de 17% para 11%.
Além disso, houve queda do número de brasileiros que direcionam as sobras para gastos. O grande recuo ocorreu em entretenimento, cujo número caiu de 43% para 37%; viagens e férias caiu de 26% para 21%; e gastos com produtos com novas tecnologias foi de 27% para 23% no período.
O estudo global mostra que a confiança dos consumidores diminuiu em seis dos sete mercados latino-americanos medidos no segundo trimestre, com o Brasil liderando as quedas, de 7 pontos e fechando o período com confiança em 81 pontos.
Considerando os indicadores econômicos, houve quedas significativas: 23% acreditam que diminuíram as perspectivas futuras de trabalho, 56% acreditam que as condições em relação às finanças pessoais pioraram, ao passo que a intenção de compra caiu 9 pontos percentuais, chegando a 32%.
Segunda a pesquisa, a economia ocupa o primeiro lugar entre as maiores preocupações no Brasil e na média da América Latina ao longo dos próximos seis meses.
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