Neste Dia Mundial do Consumidor (15 de março), o Instituto Data Popular e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgaram uma pesquisa em comemoração aos 25 anos do Código de Defesa do Consumidor (CDC). A ideia é entender como os brasileiros se comportam diante dos seus direitos.
A maioria dos entrevistados alegou conhecer seus direitos como consumidor. “Os níveis gerais de conhecimento dos direitos de consumidor, do próprio código e mesmo de consulta a ele são elevados e parecem ter apresentado um crescimento”, afirma Carlos Thadeu de Oliveira, gerente técnico do Idec.
Outro mapeamento foi sobre como o consumidor reclama, que varia bastante de setor para setor. Serviços públicos como transporte, saúde e educação são aqueles em que a reclamação informal dirigida apenas a amigos e parentes é mais frequente, bem como nas redes sociais. Já as queixas feitas diretamente ao prestador do serviço são menos frequentes, bem como é raro o recurso a órgãos de defesa do consumidor.
“O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente e crítico com empresas e serviços que frustram suas expectativas. Isso se estende também para serviços públicos, que deixam de ser vistos como favores e passam a ser encarados como direitos. O CDC desempenha um papel importantíssimo nessa conscientização, mas é fundamental ampliar a sua divulgação e dos canais que a população tem à sua disposição”, afirma Renato Meirelles, presidente do Data Popular.
O estudo demonstra que, quanto mais conhecida é a lei, mais dirigida e frequente é a reclamação, ainda que nem sempre seja reportada aos canais adequados. “Mesmo para os serviços públicos, em que as reclamações são mais difusas, os consumidores que reclamam sempre são os que dizem já ter consultado o CDC, o que mostra a importância de difundir uma lei que vale para serviços públicos e privados”, afirma Carlos Thadeu de Oliveira.
O estudo apontou ainda quais são os setores que mais causam dor de cabeça aos consumidores. Confira os números:
Arte: Fernanda Pelinzon