As vendas do Dia dos Pais devem movimentar R$ 4,2 bilhões neste ano, segundo projeção realizada CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O número representa uma queda de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado – o pior desempenho desde 2003. O porcentual já considera o desconto da inflação.
Este também é o segundo ano em que as vendas para a data registram recuo. No ano passado, o recuo foi de 2,1% em relação a 2014. O montante que deve ser registrado neste ano representa 5,6% de todo o faturamento esperado para o mês no País.
Entre os segmentos que devem sofrer mais neste ano, aqueles que são mais dependentes de crédito lideram. Os segmentos de Móveis e Eletrodomésticos e Informática e Comunicação devem registrar as maiores quedas para a data, de 22,8% e 13%, respectivamente.
“O Dia dos Pais figura entre as seis datas comemorativas mais importantes do calendário varejista. Porém, com taxas de juros ao consumidor batendo nove recordes nos últimos 12 meses, os segmentos mais dependentes das condições de crédito, como eletrodomésticos e produtos de informática, deverão se destacar negativamente”, afirma o economista da CNC Fabio Bentes.
O segmento de vestuário deve ter queda de 9,5%, já o segmento de Hiper e Supermercados deve seguir com recuo de 4,9%. Ambos respondem por 56% do faturamento do varejo com a data.
As vendas desses itens devem ser ainda menores por conta dos preços, que subiram muito. Entre os itens que apresentaram maior aumento de preço, o microcomputador foi o que teve maior elevação, com alta de 22,7% nos últimos 12 meses. Máquinas fotográficas apresentaram alta de 20,7% nos preços, seguido por Televisor, com alta de 16,7% nos preços.
Segundo a CNC, mais da metade das vendas do Dia dos Pais virão dos segmentos de hiper e supermercados (36,3%) e vestuário e calçados (19,7%). Artigos de uso pessoal e doméstico ocupam o terceiro lugar, com 13,2%, seguidos de produtos de farmácias e perfumarias, com 10,1%.