O instituto ?busca promover a mudança de comportamento das pessoas, com escala e velocidade, para que adotem estilos sustentáveis de vida?. Mas como entender o que dificulta o primeiro passo da sociedade nas práticas sustentáveis?
Para responder essa pergunta, o Akatu realizou a pesquisa qualitativa ?Caminhos para Estilos Sustentáveis de Vida ? Gatilhos e Barreiras para a Adoção de Práticas?. O objetivo é mostrar porque algumas pessoas não têm praticas sustentáveis e busca nortear o governo e as empresas sobre como engajar o consumidor nesse âmbito.
A partir da pesquisa, foram encontrados quatro perfis de consumidores:
*Blindados sabotadores ? pessoas menos mobilizadas para adoção das praticas sustentáveis;
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*Adormecidos – pessoas permeáveis à adoção de práticas sustentáveis, mas que tendem a ser passivas;
*Alertas ? pessoas que compreendem bem o contexto e se percebem como parte do processo de mudanças positivas para o planeta;
*Conscientes ? que já incorporaram práticas sustentáveis nos seus hábitos cotidianos e que não ?sabem fazer de outra forma?.
Em qual deles você se encaixa?
?Verificamos pela análise das práticas que cada pessoa não se encaixa necessariamente em um único perfil. Dependendo do tema, ela pode assumir comportamentos que se encaixam em perfis diferentes?, afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu. Isso significa que uma pessoa que separa o lixo da melhor maneira possível pode não economizar no consumo de água ou de energia elétrica, por exemplo.
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Fátima Portilho, professora do CPDA/UFRJ, afirmou que é difícil manter ou criar práticas para os consumidores, fazê-los mudar seus hábitos sem políticas públicas. ?Precisamos de campanhas mais realistas e honestas e de melhor divulgação de produtos e tecnologias sustentáveis?. Ela citou o surgimento de lavanderias coletivas em condomínios como uma tendência positiva tanto para o social quanto em âmbito sustentável.
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?O que as empresas oferecem para a sociedade determina a maneira de consumo?, afirmou Ricardo Abramovay, economista e professor da USP. ?Mudar o modo de vida não é para quem quer, é para quem pode?, enfatizou. ?Nós continuamos construindo infraestrutura de maneira não sustentável e criando um apartheid nas cidades?.
A pesquisa realizada pelo Instituo Akatu já está disponível neste link. Leia e entenda a importância que sua atitude sustentável pode ter nos grupos sociais que frequenta e até no seu bairro.