A tecnologia está presente na vida da população como um todo, mesmo que seja no simples uso de um smartphone. Mas como essa tendência impacta o cotidiano no trabalho? Sabemos que existe, entre as empresas, uma ânsia por adotar as novas tecnologias e estar à frente da concorrência nesse aspecto. Porém, no Brasil, ainda há muito o que evoluir. Segundo Roberto Wik, diretor das Indústrias de RHCG e MLEU da Cognizant no Brasil, o País ainda está alguns passos atrás dos EUA e da Europa quando o assunto é a adoção das novas tecnologias.
De acordo com o executivo, a tecnologia da vez é a robotização, conhecida por RPA 9Robotic Process Automation) – ou seja, robôs capazes de aprender e executar por conta própria as atividades realizadas por humanos. Estas ferramentas trazem um ganho de eficiência principalmente nas operações de rotina e repetitivas. Apesar disso, Wik destaca o fato de que muitas das empresas não estão vendo estas ferramenta como aliadas na obtenção de ganhos em eficiência ou qualidade no negócio, mas para simplesmente diminuir custos.
“Mesmo no segmento de call center, voltado para relacionamento, o foco da tecnologia ainda está mais na redução de custos do que no ganho de eficiência e melhorias que impacto a satisfação do cliente”, revela. Dentro desse contexto, ele defende que as pessoas que estão sendo substituídas por robôs precisam ser capacitadas e com reciclagem no conhecimento para atuar em atividades que geram valor para a empresa.
Quando o assunto é a aceitação por parte dos colaboradores, Wik afirma que sim, as pessoas precisam se preocupar com atividades operacionais simples, mas que o robô não vai substituir todas as funções, principalmente àquelas voltadas ao lado sensorial, emocional, decisório.
“Algumas profissões serão extintas; outras, melhoradas, e outras ainda não existentes serão criadas, mas a tecnologia é um processo sem volta”, argumenta. “Cada vez mais, atividades puramente rotineiras ou operacionais serão substituídas, por isso, pessoas precisam se preparar para fazer o que a máquina não faria – como tomar decisões”. Nesse cenário, para ele, as empresas que gerarem mais valor de forma efetiva aliando conhecimento das pessoas e tecnologia estarão a frente.