Os serviços de streaming vieram para ficar. Só a Netflix, principal serviço de séries e filmes bateu 200 milhões de assinantes em todo o mundo em janeiro deste ano. No Brasil, esse número já chega próximo dos 20 milhões, superando até mesmo o número de assinantes de TV a cabo.
Para além da Netflix, outros players não param de surgir no mercado, culminando em um crescimento da competição no setor. Dessa maneira, as plataformas enfrentam um desafio: o de fidelizar o cliente. Mais: eles representam o “custo streaming” no gasto mensal.
Ainda que proporcione um mar de opções ao usuário, a profusão das plataformas de streaming pode ter, também, um efeito colateral: o alto custo. Além disso, a inviabilidade em aproveitar ao máximo cada plataforma acaba diminuindo o custo benefício de cada assinatura.
15% da renda
Ao levantarmos o preço mensal da assinaturas de 10 dos principais canais de streaming atuais, percebemos que, embora tenham um ticket médio baixo, caso o consumidor opte pela assinatura de todos a fim de acompanharem os conteúdos oferecidos pelos diferentes canais, o consumidor gastará, no mês, R$ 263,20.
- Netflix – R$: 45,90
- Amazon Prime – R$: 9,90
- HBO GO – R$ 34,90
- Globoplay – R$: 49,90
- Apple TV – R$: 9,90
- Disney+ – R$: 27,90
- Telecine Play- R$: 37,90
- Wolo TV – R$: 8,99
- Spotify – R$: 16,90
- Youtube – R$ 20,90
Considerando a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda média per capita do brasileiro é R$ 1.650,78. Dessa forma, o brasileiro médio gastariam 15% do seu salário com esse tipo de entretenimento. No ano, o valor gasto seria de R$3.156,00. Ou seja, mais do que 3 salários mínimos.
Segundo Ricardo Kurtz, para manter um consumo consciente, a melhor estratégia é experimentar, simultaneamente, no máximo duas assinaturas fixas, as que são mais acessadas. E, se desejar, experimentar esporadicamente outras opções.
“Eu acredito que assinar três ou quatro plataformas do mesmo seguimento seja conteúdo demais para uma família. Como não podemos customizar o conteúdo à nossa maneira, a melhor saída é buscar a compra esporádica de plataformas e ter, no máximo, uma ou duas fixas. Caso contrário, acaba sendo como uma TV a cabo tradicional, com um gasto alto recorrente e pouco utilizado.”
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