Enquanto ainda tentam convencer beneficiários e o próprio governo sobre os motivos dos reajustes de dois dígitos que começam a bater à porta do consumidor, planos de saúde não param de ganhar novos clientes no Brasil. Aliás, o número atual já é o maior desde julho de 2016.
Os planos de assistência médica registraram aumento de 154,1 mil beneficiários em um mês e de mais de 1 milhão em um ano, informou nesta segunda-feira (5) a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em maio, o setor totalizou 48.137.767 usuários em planos de assistência médica e 27.681.068 em planos exclusivamente odontológicos.
No caso dos planos médico-hospitalares, em um ano houve incremento de 1.334.781 beneficiários, o equivalente a 2,77% de aumento em relação a maio de 2020. No comparativo de maio com abril, o crescimento foi de 154,1 mil usuários.
Segundo a ANS, o total de beneficiários é o maior número registrado desde julho de 2016. Antes disso, só foi superado em junho daquele ano, quando o setor atingiu 48.266.704 beneficiários.
Custo médio
Um recente levantamento de mercado feito pela própria ANS ajuda a entender o que representa esse aumento de aproximadamente 1 milhão de pessoas de beneficiários.
Na tabela de preços de 2020 da ANS, inclusive sem contar com os reajustes que começam a ser aplicados, a faixa entre 29 e 33 anos paga em média R$358; enquanto de 44 a 48 anos, R$555.
Entende-se que, conforme a idade avança, o uso frequente de serviços médicos encarece o produto. Nessa perspectiva, o valor mediano de pessoas acima dos 59 anos pode bater R$1291.
Planos odontológicos
Já nos planos exclusivamente odontológicos, foi registrado aumento de 2.285.227 beneficiários em um ano, o que representa 8,26% de crescimento no período, e de 133.422 em um mês, no comparativo de maio com abril.
Entre os estados, comparando com abril de 2020, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 23 unidades federativas, sendo São Paulo, Minas Gerais e Paraná os que tiveram o maior ganho de beneficiários em números absolutos.
Entre os odontológicos, 27 unidades federativas registraram aumento no comparativo anual, sendo São Paulo, Minas Gerais e Paraná também os estados com maior crescimento em números absolutos.
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