Em mais um capítulo da crise em que se enfiou depois da descoberta de um erro de mais de US$ 450 milhões na expectativa de seus lucros no primeiro semestre, a rede britânica de supermercados Tesco afastou seu diretor comercial Kevin Grace, que estava no cargo desde o fim de 2011 e respondia pelas compras não apenas nos países em que a empresa opera, mas também em mais de 70 países dos quais a varejista conta com fornecedores.
O Financial Conduct Authority, órgão regulador do sistema financeiro britânico, também iniciou uma investigação sobre o caso. Para acalmar o mercado, a varejista anunciou a indicação de dois diretores não-executivos: Richard Cousins, do grupo de catering Compass e especialista em turnaround de empresas; e Mikael Ohlsson, ex-presidente da Ikea. Além disso, acionistas da Tesco tiveram nesta semana uma reunião com Patrick Cescau, o diretor não-executivo mais sênior da varejista, para discutir o quanto ainda será necessário modificar o corpo diretivo da companhia.
Nem só de más notícias vive a Tesco, porém. As ações da empresa subiram 5% na Bolsa de Londres ontem por conta da notícia de que o fundo de private equity TPG teria feito uma proposta de £2 bilhões pela dunnhumby, divisão de Business Intelligence da varejista responsável por toda a inteligência por trás do programa de fidelidade Clubcard, um dos mais bem-sucedidos do mundo.
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