O número de famílias endividadas alcançou os 59,6% das famílias, segundo divulgou hoje (26) a CNC (Confederação Nacional do Comércio). O percentual é maior que os 57,8% verificados em fevereiro. Porém, é menor que o registrado em março do ano passado, quando 61% das famílias estavam endividadas.
O resultado representa a segunda alta mensal consecutiva. A CNC avalia que fatores sazonais relacionados ao maior comprometimento da renda das famílias com gastos extras de início de ano ajudam a explicar essa alta.
porém mantendo a tendência de queda na comparação anual. Segundo a Confederação, “a maior cautela do consumidor em relação ao consumo, além das taxas de juros mais elevadas, levou à redução não apenas do endividamento, mas também dos indicadores de
inadimplência”.
O número de famílias que se declararam muito endividadas, que havia alcançado, em fevereiro, o menor patamar desde o início da série, em 2010, aumentou em março, passando de 9,7% para 10,6%.
Entre as famílias que declararam ter dívidas ou contas em atraso, o percentual passou de 17,5% para 17,9%, entre fevereiro e março deste ano. Frente a março de 2014 (20,8%), no entanto, houve queda.
O número de famílias que dizem que não terão condições de pagar as dívidas caiu tanto na comparação mensal como na anual, e chegou a 6,2% em março.
Considerando o tipo de dívida, o cartão de crédito continua o vilão, sendo a principal dívida de 73,4% dos endividados, seguido por carnês (18,2%) e, em terceiro, por financiamento de carro (14,4%).
Segundo a Confederação, a moderação do crescimento do crédito para as famílias e o perfil mais favorável de endividamento, concentrando-se em modalidades de risco mais baixo e prazos mais longos, melhoraram a percepção das famílias em relação ao seu endividamento.