As conciliações e mediações privada e pública vem enfrentando realidades distintas na pandemia. No ano passado, os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) da capital paulistana, que pertence ao Governo de São Paulo, registraram uma queda no número de mediações realizadas na pandemia na comparação com o ano passado. Por outro lado, houve um movimento inverso nas câmaras privadas de mediação e conciliação.
Ricardo Pereira Júnior, juiz e coordenador do CEJUSC São Paulo, explica que a conciliação do órgão era apenas presencial antes da pandemia. Em julho ocorreu a mudança para o digital e o número de pessoas caiu.
“Em 2019 realizamos por volta de 20 mil atendimentos, com 7 mil sessões realizadas, ou seja, onde todas as partes envolvidas aparecem. Em 2020, as sessões começaram a ser marcas em agosto e isso impactou nos números. Foram 6,5 mil reclamações, sendo 2 mil encontros efetivamente ocorridos e todos online”, explica.
A realidade é outra nas câmaras privadas. Segundo Margarete Saltorato, diretora da CAMCESP, a média de casos por mês subiu de quatro (antes da pandemia) para sete casos (pós-Covid 19). Esse número é menor, pois, normalmente, os valores discutidos são maiores e acima de R$ 10 mil – no conciliação pública os valores envolvem até quatro dígitos.
“O caso mais recente envolveu o valor de R$ 18 mil, era uma chinesa, ela vendeu alguns produtos pela internet e não teve o valor creditado pela operadora de cartão. Valores desse tipo são comuns”, afirma.
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