Entre janeiro e maio deste ano, o varejo do Estado de São Paulo cortou 61 mil vagas formais. O saldo negativo é a diferença entre as admissões os desligamentos que ocorram no período.
No mesmo período de 2015, o saldo estava negativo também, mas em uma proporção bem menor, em 45.290 vagas. Considerando-se o saldo acumulado em doze meses, são 76.139 empregos formais extintos.
Somente em maio, o varejo paulista eliminou 3.730 empregos formais – o pior saldo para um mês de maio desde o início da série histórica, em 2007. O resultado é a diferença entre 70.656 admissões e 74.386 desligamentos.
Dessa forma, o estoque ativo de trabalhadores do varejo de SP atingiu 2.069.041 no mês, uma redução de 3,5% em relação a maio de 2015. O número de empregos no setor atingiu o menor patamar desde março de 2012.
Segundo a Federação, esses números podem indicar que o mercado de trabalho do varejo paulista passa por um momento de inflexão na sua movimentação de vagas. “Por mais que o processo seja lento, este talvez seja o primeiro sinal de que é possível que o varejo pare de registrar saldos negativos tão elevados”.
Essa perspectiva se baseia também na melhora dos indicadores de confiança, tanto de consumidores quanto de empresários, e na melhora das vendas no segundo semestre deste ano. Vale ressaltar que a Entidade revisou suas projeções de faturamento do varejo paulista em 2016, passando de uma queda de 5% para a estabilidade.
Das nove atividades monitoradas pela FecomercioSP, apenas o estoque de trabalhadores do segmento de farmácias e perfumarias registrou crescimento no saldo de empregos em maio, de 2,3%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Já os demais segmentos apresentaram recuos e puxaram o saldo final para baixo: Lojas de móveis e decoração (-8,5%), Concessionárias de veículos (-8,3%) e Eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-8,3%). O segmento de supermercados apresentou estabilidade.