O objetivo da COp21 é a criação de um novo acordo internacional para a redução das emissões de gases de efeito estufa que deve substituir o Protocolo de Kyoto.
Apesar de ser aplicado apenas aos países desenvolvidos, as nações emergentes, como Brasil, China e Índia devem ter papel fundamental nas negociações. O mesmo se aplica aos Estados Unidos, que não aderiram ao Protocolo de Kyoto, mas que já se posicionaram a favor da criação de metas de redução na emissão de poluentes.
Para Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, o histórico dos norte-americanos e chineses exige maior comprometimento. ?A trajetória das emissões é de queda nos Estados Unidos, mas dado o histórico do que já emitiu, é insuficiente como contribuição para chegar aos 2ºC?, explicou.
Em relação à China, o especialista acredita que uma mudança no país, mesmo que em longo prazo, já que o compromisso deve se dar apenas depois de 2030, possa gerar uma revolução mundial. ?É uma economia muito grande, fazer esse movimento [de redução das emissões] vai gerar muita economia de escala. Se diz que vai entrar na energia eólica ou solar, causa uma revolução. Ainda que esteja longe do que é preciso, aponta para uma direção correta de fazer movimentos antecipados, o que vai causar revoluções no setor [de energia renovável]?, opinou Azevedo.
As autoridades estarão reunidas em Paris para a conferência da ONU até o dia 11 de dezembro. A presidente Dilma Rousseff já está na capital francesa para o encontro e, conforme publicado em sua conta oficial no Twitter, diz esperar que a conferência resulte em um acordo ?justo, ambicioso e duradouro?.
*Via CicloVivo.