A conta de energia tem castigado o bolso do consumidor nos últimos tempos. No verão, então, manter ar-condicionado e ventilador estava bem difícil. Pois, graças a diversos fatores, entre eles uma ajuda extra da grande quantidade de chuvas e melhoria da situação dos reservatórios, o governo acaba de dar uma boa notícia: o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou ontem (25/2) que as contas de luz relativas ao consumo de abril serão entregues sem a cobrança da taxa extra.
Isso pode significar contas até 6,5% mais baratas, de acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.
Tudo isso porque, em março, serão desligadas 22 usinas termelétricas, o que irá gerar uma grande economia para o setor. “Estamos garantindo que teremos bandeira verde em abril. Portanto, não teremos mais ônus de bandeira para o consumidor”, disse o ministro. Ele informou que a decisão tornou-se possível devido ao ingresso de novas usinas, de diversas fontes, à melhoria da situação dos reservatórios hidrelétricos, e do comportamento estável do consumo em todo o país. “A economia adicional para o setor elétrico deve chegar a R$ 8 bilhões no ano”, afirmou Eduardo Braga.
Esta será a segunda vez em que haverá desligamento de térmicas mais caras, com reflexo de redução nos valores da conta de luz. A primeira redução ocorreu em agosto de 2015, quando foram retiradas do despacho de base as térmicas com o custo unitário acima de R$ 600/ MWh, o que permitiu redução da bandeira tarifária vermelha de R$ 5,50 para R$ 4,50 a cada 100 kilowatts-hora (kWh). Em janeiro, a Aneel reestruturou as bandeiras tarifárias e fixou para fevereiro uma bandeira vermelha de R$ 3,00 a cada 100 kWh. O custo de geração foi reduzido em R$ 1,1 bilhão ao mês com a medida, na ocasião.
As 22 usinas que serão desligadas na próxima semana somarão 5 mil MW e trarão economia de R$ 10 bilhões ao ano (incluídas as 7 usinas já anunciadas, com capacidade de 2 mil MW e economia de R$ 2 bilhões ao ano ao sistema elétrico).