A geração Z ou zoomers estão redefinindo os padrões de consumo. Os nascidos entre 1997 e 2012 já representam uma parcela significativa de consumidores. E para conquistá-los, marcas devem apostar em autenticidade, tecnologia e igualdade social.
Segundo levantamento da Euromonitor, em 2030, esse público será a maioria entre os consumidores no mercado. A primeira geração de nativos digitais desconhece um mundo sem internet e tem características individuais às quais as marcas devem estar atentas, afirmam especialistas.
“Essa geração busca marcas que deem valor ao indivíduo e que tenham propósitos. Os gen Z tendem a ser mais engajados e socialmente preocupados com questões de sustentabilidade”, revela Gustavo Ruchaud, diretor de marketing da Loja Integrada, plataforma para criação de lojas virtuais, com mais de 2,5 milhões de lojas criadas no Brasil.
Entender e planejar para a geração Z
Para o especialista há três dicas que ajudam hoje uma marca a entender melhor a geração Z e a planejar estratégias voltadas a esse público. A primeira delas é: Compras seguras e com conveniência. Para Ruchaud, o novo perfil de consumidores da geração Z busca segurança e conveniência no momento da compra.
Por isso, é cada vez mais comum esses jovens realizarem pagamentos móveis, por meio de aplicativos e carteiras eletrônicas, e buscarem vantagens que ajudem na decisão da compra. “Varejistas virtuais devem apostar em experiências únicas para esses clientes, como descontos exclusivos e opções de pagamento mais flexíveis”, diz o especialista.
A segunda dica de Ruchaud é: Omnichannel nas vendas. Considerada a primeira geração a nascer no mundo digital, a gen Z tem como uma das principais características estar conectada com o online, mas também não abre mão de experiências físicas ao realizar compras. Com essa habilidade, eles esperam que as marcas também atuem como nativos digitais.
“A geração Z está conectada não só no ambiente digital, como redes sociais e sites, mas também a experiências do mundo físico. Integrar os canais de comunicação e ser cada vez mais omnichannel são estratégias para mirar e despertar a atenção desse consumidor”, sugere Ruchaud.
E por fim, o especialista, aponta: Responsabilidade Social. A igualdade, diversidade, sustentabilidade e inclusão social são algumas das preocupações e expectativas da geração Z ao comprar um produto ou serviço. A Gen Z está disposta inclusive a pagar mais caro por itens “ecofriendly” e sustentáveis.
“Mais do que nunca, os varejistas devem ter um olhar atento e demonstrar compromisso com as questões sociais, não apenas para engajar esse público jovem, mas também aprimorar a experiência dos consumidores com a marca e firmar sua responsabilidade social”, finaliza o executivo.
Geração Z compra mais por recomendações
Outro fator importante sobre comportamento de consumo da geração Z, é que ela é muito mais propensa a comprar por meio de recomendações. Pesquisas recentes apontam que esse público tem quase duas vezes mais chances de fazer uma compra com base na recomendação de um influenciador nas redes sociais do que os millenials, por exemplo.
Experiência determina padrões de consumo da Geração Z
Uma característica importante também sobre os padrões da geração Z, é que se trata de uma cultura de consumo derivado da experiência e simplicidade. Perrsonalização digital, novas narrativas, conteúdos de marca mais excitantes… e um infinidade de estratégias repleta de momentos de descoberta fazem com esse público se ligue em uma marca.
Para muitas marcas que já transacionam com esse público há bastante tempo, caso dos bancos digitais, essa geração fez com que surgisse não apenas um novo comportamento de consumo e novos players, mas, também novos sistemas de avaliações e valores que se tornaram decisivos para esse público na hora da compra.
Leia mais: Geração Z e consumo: a cultura derivada da experiência
Felicidade em primeiro lugar
Um dado curioso, que chama a atenção quando analisamos as predileções e o comportamento da geração Z, é como esses jovens pensam suas prioridades. Um estudo recente, apontou, por exemplo, que os profissionais da geração Z preferem estar desempregado a estarem infelizes no trabalho. Cerca de 56% dos trabalhadores zoomers deixariam o emprego se isso interferisse em suas vidas pessoais.
Enfim, o fato é que para marcas se relacionarem com esse público, elas terão que conhecer e acessar gatilhos complexos no que diz respeito a experiência de consumo. Não apenas isso, mas traduzir essas expectativas em experiências significativas e simples. Tarefa nada fácil, mas, extremamente valiosa se observarmos o quanto uma marca poderá evoluir em Customer Experience, já que no futuro esse público será o principal contingente de consumidores dos mais diversos serviços e produtos.
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