O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 1,7% em agosto e atingiu 80,6 pontos. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apura o indicador, esse foi o menor índice da série histórica, pelo segundo mês consecutivo.
Segundo Viviane Bittencourt, coordenadora da sondagem do consumidor da FGV, os consumidores estão cada vez mais pessimistas em relação ao futuro da economia. ?A mediana de inflação projetada para os próximo 12 meses atingiu 10% em agosto e as perspectivas para o mercado de trabalho são as piores dos últimos 10 anos. Esses fatores afetam as decisões de consumo das famílias?, avalia.
Entre os índices que compõem o indicador, o Índice da Situação Atual ficou estável em agosto (0,3). Já o Índice de Expectativas caiu 0,9%, e passou de 86,5 para 85,7 pontos. O indicador que mensura o grau de otimismo em relação à evolução da economia nos próximos seis meses foi o que mais contribuiu com a queda do ICC neste mês.
O levantamento mostrou que a proporção de consumidores que avaliam a situação do momento como boa aumentou de 14% para 14,6%. Já a dos que a consideram ruim subiu de 20% para 21,4%, o maior nível da série histórica.
A percepção de piora do cenário pelo consumidor se deve à evolução de variáveis econômicas, principalmente de inflação e emprego. Na avaliação do mercado de trabalho, a proporção de consumidores que preveem maior dificuldade em conseguir emprego nos próximos seis meses atingiu 45%, a segunda maior desde novembro de 2005, atrás somente dos 46,1% registrados em março deste ano.
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