O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) a Fundação Getulio Vargas subiu 2,1 pontos em fevereiro de 2016 atingindo 68,5 pontos. Após atingir o menor valor da série em dezembro de 2015, o índice avança pelo segundo mês consecutivo, para o maior nível desde agosto passado (70, pontos).
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Em comunicado à imprensa, a Coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt, disse que o consumidor brasileiro se está menos insatisfeito com a situação atual das finanças familiares e menos pessimista quanto a sua evolução nos próximos meses. ?A notícia é favorável mas o movimento foi ainda insuficiente para alterar a tendência de queda do indicador que mede as intenções de compras de bens duráveis no curto prazo, que atingiu o menor nível da série iniciada em setembro de 2005?, declarou Viviane.
A alta do ICC nos dois primeiros meses do ano decorreu da evolução favorável dos dois indicadores que o compõem. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,0 pontos, pelo segundo mês consecutivo, após atingir o mínimo da série histórica em dezembro de 2015 (64,9 pontos). O Índice de Expectativas (IE) avançou 1,8 ponto, atingindo 69,4 pontos, maior nível desde agosto passado.,
O indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação econômica atual, que no mês passado tinha alcançado o menor nível da série, subiu 2,2 pontos atingindo 73 pontos, maior nível desde setembro de 2015 (73,1). Na análise da tendência por médias móveis trimestrais esse é o primeiro resultado positivo após uma sequência de 18 quedas consecutivas.
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O quesito que mais contribuiu para o resultado favorável do ICC está relacionado com as perspectivas das finanças familiares. O indicador que mede o grau de satisfação com a situação financeira das famílias nos meses seguintes subiu 5,9 pontos, de 70,2 para 76,1 pontos, o melhor resultado desde fevereiro de 2015 (77,6). Na direção contrária, estão as intenções de compras com bens duráveis: o indicador que mede o ímpeto de compras recuou 6,0 pontos, atingindo o menor nível da série histórica.
Na análise por classes de renda, a confiança das famílias com renda mensal até R$ 2.100 subiu 6,1 pontos após ficar estável em janeiro. Os consumidores com menor poder de compra são os mais otimistas em relação à economia, ao emprego e à possibilidade de recuperação da situação financeira no futuro.
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