O consumidor brasileiro está respirando mais aliviado. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) teve alta de 5,4% entre junho e julho, passando de 71,3 para 76,7 pontos – é o terceiro mês consecutivo de crescimento. Ao mesmo tempo, o Índice de Expectativas (IE) avançou 8,2 pontos, chegando a 85,3 pontos, a maior marca desde dezembro de 2014.
A série medida pela instituição atingiu seu menor nível em abril de 2016, mas as mudanças no quadro nacional estão mexendo com a percepção do público. “A alta da confiança do consumidor nestes três últimos meses foi quase que inteiramente determinada pela melhora das expectativas, um descolamento aparentemente iniciado durante o desfecho da primeira fase do processo de impeachment”, explica Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Em sua visão, a rápida melhora das expectativas após a entrada do governo interino, no entanto, parece superar a velocidade de recuperação cíclica da economia no curto prazo. “Ainda mais considerando os riscos ainda existentes no ambiente político, como a segunda fase do impeachment, as eleições e a votação das medidas de ajuste fiscal“, aponta.
As avaliações dos consumidores sobre a situação atual melhoraram ligeiramente em julho, compensando a queda no mês anterior. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1 ponto em julho, atingindo 65,7 pontos. Apesar da pequena diferença, é o maior resultado desde março passado.
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