Um dos últimos passo para a consolidação da compra da Nextel pela Claro foi dado. Conforme publicado no Diário Oficial da União, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou por unanimidade do Conselho Diretor o negócio entre as duas companhias.
A fusão entre as empresas já havia sido anunciada em março deste ano pelo valor de R$ 3,47 bilhões, mas estava sujeita ao aval dos órgãos reguladores Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que foi aprovado no início de setembro, e da Anatel.
A finalização do processo de compra vai depender do cumprimento de algumas exigências feitas pela Anatel nos próximos meses. Entre elas está a devolução de um dos dois números de operação para chamadas em longa distância, já que a Claro não pode permanecer com o código da Embratel, 21, e também o 99, já usado pela Nextel.
O principal atrativo da fusão entre as duas empresas é a aquisição das faixas 1,8 GHz e 2,1 GHz, e a base pós-paga de clientes de São Paulo e Rio de Janeiro. O que isso significa? Que a Claro passa a ter um espectro maior de operação, entregando um serviço de mais qualidade para os clientes e se tornando uma empresa mais competitiva.
Dados mais recentes mostram que a Nextel possui 3,3 milhões de linhas ativas no país, o que equivale a 1,4% do mercado brasileiro.
Se a Claro concluir o processo de compra representará 26,05% do mercado e ocupará a vice-liderança do ranking. Esse novo potencial de atuação vai interferir diretamente na força da Vivo, a líder do seguimento, que tem 36% da participação nacional.
Em que o consumidor deve estar atento na hora da fusão entre as companhias?
Contrato
A Claro deve manter os contratos vigentes sem alterações, assumindo os direitos e deveres da Nextel, ou seja, o plano contratado não pode sofrer alterações nas condições de preço, quantidade de minutos, dados e tempo de fidelidade, a menos que a mudança seja do interesse do próprio cliente.
Se pacotes com novas condições forem oferecidos, a troca pode ser realizada desde que não fira os direitos do consumidor.
É importante que o cliente fique de olho no contrato de prestação de serviços quando a transição começar a acontecer para verificar se houve mudança na entrega dos serviços já contratados.
Caso o consumidor perceba alguma alteração ou se sinta lesado de alguma maneira, pode fazer uma reclamação formal no atendimento da Claro, na ouvidoria, Anatel e Procon sucessivamente.
Migração
Como os clientes da Nextel passam a ser automaticamente da Claro na hora da junção das empresas, não será necessário se preocupar com documentos ou novos contratos.
Sinal
Segundo a assessoria da Nextel ainda não há definições sobre eventuais mudanças no modelo de compartilhamento de rede adotado atualmente pela empresa, mas mesmo que isso venha a ocorrer, as alterações se darão de forma planejada e sem descontinuidade na cobertura.
Mesmo assim, caso o consumidor sinta alguma instabilidade nos serviços durante a transição, poderá fazer uma reclamação formal para a operadora.