O Brasil ficou em penúltimo no ranking de competitividade constituído de 12 países. Os principais motivos são as deficiências institucionais e operacionais do País. Segundo levantamento feito pela consultoria A.T. Kearney, o País fica apenas atrás da Argentina, que sofre há anos uma grave recessão econômica.
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O motivo seria uma série de deficiências nos fatores considerados críticos de sucesso como: custo de capital, pouca burocracia e produtividade da mão de obra.
Problemas
Os países foram avaliados tendo como base três grandes pilares de competitividades: base econômica, ambiente institucional e produtividade operacional.
Os motivos econômicos de o Brasil estar nas últimas posições do ranking são o crescimento negativo do PIB e baixo PIB per capita, juros altos que restringem oportunidade de crédito e formação bruta da capital fixo, foco de curto-prazo para obter retorno ao capital, baixo valor agregado nas exportações e barreiras comerciais de todo o tipo que limitam inserção e pressionam a balança comercial.
Segundo o estudo, o Brasil recebeu menos investimentos do PIB em comparação com outros países do BRICS e a redução drástica de consumo das famílias também contribuiu para a queda do PIB.
Instituições
No aspecto do ambiente institucional são avaliados tanto a eficiência do governo quanto a solidez das instituições.
Assim, o País peca na burocracia, com entraves ambientais e leis complexas ou ambíguas que afastam investimentos. O sistema fiscal com grande complexidade e alta carga de impostos também atrapalha a competitividade brasileira.
O ambiente instável em relação à execução de leis e contratos, além do baixo grau de proteção aos investidores em caso de falências são os outros fatores institucionais.
Produção
Já o pilar de produtividade operacional avalia tanto a produção em si quanto a capacidade de inovação.
Em relação à produtividade da mão de obra, a do Brasil é considerada baixa e sem evolução, possui lacunas da educação e problemas na tributação do investimento.
A questão da infraestrutura é considerada de baixa qualidade e poucas vias terrestre, aérea e marítima. A instabilidade de preços e fornecimento de energia, além de grandes perdas em sua transmissão e distribuição também diminui a nota brasileira.
Por fim, o baixo estimulo à pesquisa, inovação e ao empreendedorismo, mediocridade nos startups e pouca reinvenção dos negócios são os fatores que deixam o Brasil entre os piores em competitividade.