Nenhuma empresa poderá acompanhar o ritmo de crescimento definido pelas organizações exponenciais, se não estiverem dispostas a realizar algo radicalmente novo. Essa frase faz parte do livro “Organizações Exponenciais”(2014). Na obra, seus autores apresentam uma visão das novas organizações – tecnologicamente inteligentes, adaptáveis e abrangentes – que redefiniram o mundo dos negócios.
Os autores ouviram lideranças das mais importantes empresas do mundo nos últimos seis anos, como Waze, Tesla, Airbnb, Uber, Google entre outras. O físico e engenheiro Peter H. Diamandis, é um dos colaboradores. Diamandis usa o conceito dos 6 Ds (digitalizado, dissimulado, disruptivo, desmaterializado, desmonetizado e democratizado), para afirmar que nenhuma empresa comercial, governamental ou sem fins lucrativos, pode acompanhar o ritmo de negócios definido por estes seis pontos das organizações exponenciais.
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Mas o que essa citação tem a ver como as profissões do futuro? Simples, o comportamento humano. Ele é o responsável por essa ruptura no mercado e a principal característica que fez com que esses Ds se tornassem tão relevantes para os negócios quanto para as profissões.
Adaptação
Marcelo de Lucca, sócio da KPMG, é um dos executivos que corrobora essa afirmação. “Mediante a velocidade das transformações, a habilidade técnica perde relevância dentro das organizações, já que ela está sempre em evolução”, afirma. Para o especialista, os skills mais valorizados daqui para frente serão relacionadas as qualidades comportamentais, conhecimento ampliado do negócio e de seus clientes e a capacidade de execução dos novos profissionais. Segundo de Lucca, isso tem forçado lideranças a reverem processos e modelos de gestão. “Se a liderança não se conscientizar dessa necessidade e capacidade de adaptação, suas organizações deixaram de serem competitivas e atraentes para um percentual de mão de obra cada vez mais jovem e dinâmico”, salienta.
A Michael Page, empresa global de recrutamento, vai na mesma direção. Ela afirma que as companhias devem estar mais atentas aos profissionais que tenham habilidades que façam a diferença. “Veremos uma busca pelos ‘melhores decisores’”, afirma Ricardo Basaglia, diretor executivo da Michael Page. “Serão aqueles orientados à resolução de problemas complexos, com raciocínio crítico, flexibilidade cognitiva e ótima administração de pessoas. Quem tiver essas habilidades associadas será bem assediado no mercado.”
E se tratando especificamente de líderes do futuro, a sócia da McKinsey Ana Karina Dias, ressalta duas habilidades adicionais que serão o diferencial deste grupo: “Primeiro, conseguir comunicar uma visão clara do que é sucesso para a organização, líderes digitais delegam visões, não tarefas, dando espaço para a criatividade. Segundo, habilidade de coaching, pela qual o empoderamento de times para a tomada de decisão, em detrimento ao estilo de decisão top-down, ajuda a estimular a inovação.”
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