Por Nancy Jo Sales, que escreveuo texto, o Tinder despertou uma revolução sexual em uma escala que não vimos desde aproximadamente 10.000 aC. O Tinder, numa declaração autoindulgente, afirmou que veio para salvar o mundo e que todos sairão ilesos.
Como conciliar essas ideias tão absurdamente diferente? Para a nossa sorte, há um corpo enorme e crescente de pesquisas dedicado ao namoro on-line, mudanças sociais, namoro e promiscuidade – e em meio a muitos deles, há uma conclusão diferente para quase todo mundo.
Acha o namoro online incrível? A Universidade de Chicago também.
Acha que isso é o apocalipse? A Universidade de Michigan também.
O debate sobre o valor e o dano social dos namoros online é mais complicado exatamente por esse motivo: há tantos estudos, usando tantas metodologias diferentes e recebendo financiamento de tantas empresas), que parece impossível chegar a uma só conclusão.
Então, veja esses dois lados da moeda e decida por si só.
“Procurando por um par: a ascensão da Internet como um intermediário social”
(Michael J. Rosenfeld, da Universidade de Stanford)
Em uma análise dos dados de uma pesquisa nacional com mais de 4.000 adultos norte-americanos, Rosenfeld conclui que a Internet está começando a deslocar antigos pontos de encontro, como escolas e igrejas, como um lugar para apresentações românticas. “Se alguém acredita que a saúde da sociedade depende da força das instituições locais tradicionais de família, a igreja, a escola primária, e do bairro, então poderia ficar razoavelmente preocupado com o êxodo parcial dessas instituições tradicionais para a internet. “
Mas, apesar da preocupação dos conservadores, boas notícias: Rosenfeld não encontrou diferenças na qualidade ou a força do relacionamento entre casais que se conheceram online e dos que se conheceram por meios mais tradicionais. Ele também descobriu que apps de namoro são muito benéficos para pessoas de círculos mais restritos de namoro, como o público LGBT e mulheres mais velhas – e levantaram a hipótese de que as taxas de casamento e parceria dos americanos aumentaria à medida em que essas pessoas estejam mais em ambientes virtuais.
“Namoro online: uma análise crítica a partir da perspectiva da psicologia”
(Eli J. Finkel, da Universidade Northwestern)
Para Finkel, a maioria dos sites é muito ruim, porque seus algoritmos de correspondência não funcionam realmente. Apesar disso, no entanto, namoro online não faz mal aos pretendentes ou suas perspectivas. Isso oferece acesso a potenciais parceiros que improvavelmente encontrariam em outros lugares e esse acesso rendimentos novas possibilidades românticas.
“O impacto da difusão da Internet sobre as taxas de casamentos: evidências do mercado de banda larga”
(Andriana Bellou, da Universidade de Montreal)
A pesquisa de Bellou é muito menos conclusiva do que alguns dos outros trabalhos nesta lista; num documento de discussão publicado pelo Instituto para o Estudo do Trabalho, ela basicamente confrontou em gráficos as taxas de adoção da internet ao longo do tempo e as taxas de casamento para ver se há algum padrão. Existe, ao que parece: Bellou conclui que “a expansão da Internet está associada ao aumento das taxas de casamento entre pessoas na faixa dos 20 anos e hipóteses de que a relação é causal ? em outras palavras, que o maior acesso ao namoro online, redes sociais e outros meios de se comunicar com estranhos faz com que as pessoas achem seu par.
“Satisfação conjugal e rompimentos diferem entre ambientes online e offline”
(John Cacioppo, da Universidade de Chicago).
Em um estudo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, Cacioppo entrevistou uma amostra de mais de 19.000 pessoas casadas e concluiu que o namoro online foi inequivocamente uma coisa muito boa. Por sua investigação, os casais que se conheceram online foram mais felizes (5,64 pontos em uma pesquisa de satisfação, contra 5,48) e menos propensos a se divorciar (6 por cento, contra 7,6 por cento). Mas esse foi um estudo patrocinado pela eHarmony.
“Um novo padrão de comportamento sexual? Reivindicações são associadas com a ?cultura da pegação???
(Martin Monto, da Universidade de Portland)
Monto descobriu que, em geral, a juventudo louca por sexo do Tinder não é substancialmente mais promíscua do que as gerações passadas eram. Na verdade, universitários fazem menos sexo e têm menos parceiros do que os estudantes de antes da ascensão de namoro online.
While that might seem counterintuitive, it actually echoes other research in this space: the sociologist Kathleen Bogle has traced the “death” of traditional dating back to the 1970s, long before Tinder’s founders were even born. When she surveyed college students way back in 2004, most said they had never gone on a date before.
Embora isso possa parecer contraditório, isso ecoa outras pesquisas neste sentido: a socióloga Kathleen Bogle traçou a “morte” do namoro tradicional na década de 1970, muito antes de os fundadores do Tinder terem nascidos. Quando ela entrevistou estudantes universitários em 2004, a maioria disse que nunca tinha ido a um encontro antes.
Conhecer parceiros online é melhor do que offline Depende: você qeer casar ou namorar?
(Aditi Paul, Universidade do Estado de Michigan)
Em uma análise dos mesmos dados do levantamento nacional que Rosenfelt usou, Paul basicamente concluiu o oposto sobre o namoro online e a qualidade do relacionamento.
Suas descobertas? Pessoas que se encontram online são mais propensas a namorar do que se casar.
Portanto, a conclusão é: tudo depende daquilo em que se quer acreditar. As cartas estão na mesa, basta escolher a sua.
* com informações do Stuff.co