Uma pesquisa da ACI Worldwide divulgou que 30% dos brasileiros jogam documentos com números de contas bancárias no lixo, e 22% usam serviços bancários ou lojas online em computadores sem softwares de segurança. ?Isso contribui para que as fraudes aconteçam e dificulta a localização dos estelionatários?, explicou. A mesma pesquisa afirmou ainda que um em cada quatro titulares de cartões já foi vítima de fraude nos últimos cinco anos, afirma o advogado Cristiano Diehl Xavier, sócio do Xavier Advogados.
Alguns outros pontos favorecem a clonagem de cartões, como operações em caixas eletrônicos, cuja fiscalização é pífia e pode facilitar a ação dos criminosos. A vítima apenas se dá conta quando vê o extrato bancário.
Para Xavier, medidas simples devem ser tomadas para que não haja surpresa ao final do mês. ?Tome muito cuidado com os caixas eletrônicos, pois os equipamentos podem roubar a identificação magnética dos cartões quando alterados. Se algo estranho acontecer durante o processo de saque, por exemplo, chame imediatamente um funcionário. Além disso, um simples arquivo – encontrado com facilidade pelas quadrilhas, pode montar todo esquema de fraude?, revelou. Para que o golpe dê certo, os criminosos utilizam impressoras de cartões e até máquinas para criação de hologramas e fabricação das letras em alto relevo.
O especialista orienta que os internautas tomem cuidado na hora de realizar as compras virtuais. ?É evidente que o mercado online tem benefícios e oferece praticidade aos consumidores, mas é preciso orientação para que a compra não vire dor de cabeça?, revela. Ele alerta que os sites não exigem senha a finalização do negócio. ?No comércio eletrônico, os portais solicitam o número do cartão, a data de expiração e o código de segurança?, falou.
Outro ponto diz respeito ao nível de segurança do site. ?Existe um cadeado que assegura que a conexão com o servidor é segura. Levar em consideração esse fato já é meio caminho para a segurança?, acrescentou. Xavier indica que as faturas dos cartões sejam analisadas com atenção. ?Caso haja fraude, a rápida localização do problema auxilia na resolução do problema?, aconselhou.
Veja as dicas da PROTESTE para evitar a clonagem:
- Memorize a senha e não deixe registrada por escrito em nenhum local.
- Não aceite ajuda de estranhos ao usar caixas eletrônicos.
- Comunique o banco imediatamente caso o cartão ficar preso no caixa eletrônico.
- Instale um bom antivírus em seu computador e evite expor seus dados em sites.
- Muita atenção às ligações telefônicas que ficam pedindo atualizações de seus dados. Tome cuidado com pesquisas feitas pelo telefone ou mesmo com ligações oferecendo promoções, nas quais é preciso dizer o seu CPF, nome de seus pais, etc.
- Fique atento ao preencher seus dados em cupons para sorteios.
- Depois que o prêmio é sorteado, ninguém sabe onde essas urnas irão parar.
- Cartões fora da validade ou que não são utilizados mais devem ser inutilizados.
- Ao jogar fora faturas do cartão e extratos bancários, rasgue-os de modo a impedir a identificação dos dados.
- Guarde seus cartões em locais onde só você tem acesso. Infelizmente, muitos casos de clonagem são feitos por pessoas próximas a você.
A orientação do Idec é que, no caso de clonagem, qualquer movimentação realizada é de inteira responsabilidade do banco. Ao constatar o problema, o primeiro passo é fazer um boletim de ocorrência. Para ter a restituição dos valores debitados da conta ou do cartão de crédito, o consumidor pode encaminhar modelo de carta disponível em (faça o login e clique em “o que fazer”; a carta é a primeira no fim da página). Se o caso não for solucionado, o cliente pode recorrer ao Procon, ou entrar com ação no Juizado Especial Cível (JEC).
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