Entender o comportamento do consumidor, cada vez mais digital e informado, está mudando o próprio conjunto de valores de uma empresa, incluindo sua própria marca.
No primeiro painel do principal palco do Web Summit Lisboa 2019, o tema Reinventando sua marca na era digital reuniu nomes como Barbara Martin Coppola, CDO (Chief Digital Officer) da IKEA e Kristin Lemkau, CMO (Chief Marketing Officer) da JPMorgan Chase, com mediação de Lei Cheng, âncora do canal CGTN Europe.
As líderes discutiram como reconhecer as diversas causas sociais e as dificuldades das empresas se apropriarem de algumas delas e recriarem sua marca mesmo podendo perder um ou outro target. “Mas é a coisa certa a fazer”, afirma Barbara.
“Pensar que sustentabilidade é marketing social está fora de questão. Ou as empresas se adaptam a novas realidades e propósitos dos consumidores ou perderão espaço em pouco tempo”
Barbara Martin Coppola, CDO da IKEA
A autenticidade é a principal chave para os novos modelos de negócios.
A IKEA, empresa líder global de serviços financeiros com operações em todo o mundo, decidiu mudar a estratégia e assumir uma posição para ajudar as pessoas a aproveitar ao máximo seu dinheiro.
“O marketing fake é algo que os consumidores eliminarão como gás carbônico até 2030. É necessário criar produtos que atendam ao seu objetivo. E acho que é importante que toda empresa faça isso o quanto antes, reconhecendo seu lugar e propósito na criação de uma marca”, diz Lemkau.
Kristin reforça ainda a importância de se montar um time com os mesmos princípios da empresa, para que esses pilares se mantenham de pé.
“Você tem que contratar pessoas que realmente serão capazes de trabalhar nisso, que também desejem olhar para o social.”
E reafirma que as pessoas hoje estão mais preocupadas com a desigualdade, mudanças climáticas e diversidade de gênero do que em qualquer outro momento.
“É a hora de as empresas mudarem o foco no cliente para o foco nas pessoas, e realmente ter um impacto positivo na sociedade”
Igualdade de gênero nas companhias
Entre as causas discutidas, a igualdade de gênero se sobressaiu no painel.
As três maiores empresas globais do setor de consumo são administradas por mulheres – é como se cada uma delas fosse uma empresa da Fortune 500.
“É a igualdade de gênero gerando resultados de negócios”, afirma a mediadora Lei Cheng.
Barbara completa: “existem empresas que alcançam pontos reais de igualdade de gênero, que estabelecem o padrão para que realmente sua confiança com o cliente se estabeleça de verdade. Adoraria que uma solução simples como essa fosse crescendo ano após ano, para que possamos fazer a coisa certa para a sociedade. É um direito humano. Então encorajo as mulheres a não desistirem”.
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