Quando você pensa em uma cidade do futuro, muito provavelmente pensa em carros voadores. A expectativa alimentada pelos desenhos animados vai continuar sendo apenas uma expectativa por um bom tempo. Porém, quando pensamos em futuro mais ”pé no chão”, vamos além dos carros que mais parecem naves.
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Atualmente, o prefeito de um município deve se preocupar com a saúde da população, mobilidade urbana, conservação das áreas públicas e contas da cidade. Então, por que não pensar em todos estes assuntos quando projetamos uma cidade tecnológica?
Esses municípios terão uma coleta de lixo inteligente, um sistema de iluminação que funciona apenas quando as pessoas estão circulando nas ruas e até um mapeamento para saber o perfil das pessoas que ocupam cada região da cidade e como cada espaço é utilizado.
Segundo Alfreado Deak Jr., diretor de defesa e inteligência LATAM da Microsoft, nenhuma cidade ainda está preparada para ser vista como inspiração para o futuro. Mesmo assim, o especialista dá alguns passos para que as cidades inteligentes comecem a ser construídas.
1. Visão de Estado
Para Deak, o primeiro passo para termos cidades inteligentes é mudar a visão dos governantes. É necessário alternar o pensamento de governo para uma mentalidade de Estado. “A partir do momento que você tem uma visão de Estado, você passa a fazer seus investimentos pensando no futuro e não simplesmente nos seus quatro anos de governo”, explica.
Para que a visão dos governantes não se limite ao mandato, seria preciso que o legislativo assumisse o protagonismo. O especialista afirma que uma legislação consistente, que perdure no tempo, é o caminho para um bom planejamento.
2. Otimizar investimentos
Outro ponto é o planejamento adequado dos investimentos em infraestrutura. Para uma cidade que tenha uma iluminação pública mais eficiente, por exemplo, o ideal é que no momento de alguma manutenção no sistema seja feita a instalação de sensores. Neste caso, a administração pública poderia aproveitar a mão de obra que já seria utilizada. A ideia é investir a longo prazo.
3. Conectividade
O diretor de defesa e inteligência da Microsoft ainda explica que é necessário investir em conectividade. Para ele, não é possível criar uma rede de equipamentos conectados apenas com o uso de fibra ótica, maior aposta dos municípios atualmente. “Precisamos ter uma rede Wi-Fi, que pode ser uma rede 4G da própria prefeitura”, afirma Deak.
Só o começo
Mudar a visão dos governantes, otimizar os investimentos, olhar para o longo prazo e investir em conectividade são só as primeiras etapas para a construção das cidades do futuro. “A parte de infraestrutura física é só o primeiro passo. Depois é preciso pensar em como usufruir da informação que vem pela IoT”, complementa Deak.